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Um ano depois da lei que determina que moradores inadimplentes em condomínios possam ter seus nomes incluídos na lista de devedores das instituições de proteção ao crédito entrar em vigor em São Paulo, o atraso no pagamento dos valores diminuiu 40%. Com o dinheiro em dia, é possível fazer melhorias nos prédios.
No prédio do síndico Marcelo Teixeira, foi possível fazer um jardim novo, reformar o salão de festas, com espelhos e outra pintura e construir um bicicletário dentro da garagem - tudo com o dinheiro do pagamento dos condomínios atrasados. O síndico conta que deu até para contratar mais um funcionário.
“Foi um benefício enorme para todos nós, porque agora temos mais dinheiro para poder realizar obras em benefício de todos. É melhor qualidade de vida”, comentou Teixeira.
O condomínio passou a arrecadar mais depois que a lei entrou em vigor. Ela permite incluir o nome dos moradores que não pagam a taxa de condomínio ou o aluguel no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e no banco de dados da Serasa Experian. Ter o nome inscrito em qualquer um dos dois significa sujá-lo. O devedor passa a ter o crédito negado no mercado.
Com medo da lei, boa parte dos devedores buscou acordo e quitou as contas atrasadas. No fórum houve uma redução no número de ações. Pagar o condomínio em dia passou a ser um hábito comum para muitos, não apenas para alguns.
O protesto de boleto de cobrança de condomínios caiu 21% desde julho do ano passado. O atraso no pagamento do condomínio na data correta também caiu 40%.
“Eu acho que essa lei foi altamente benéfica, principalmente no seu efeito psicológico. Muita gente está preocupada com o aviso no boleto de documento sujeito a protesto e corre para fazer acordo”, explica o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Compra e Venda de Imóveis (Secovi-SP), Hubert Gebara.
Segundo o Sindicato da Habitação, além das obras, os síndicos podem agora planejar melhor os orçamentos. Muitos não estão aumentando o valor do condomínio para cobrir a despesa dos inadimplentes. “O ideal é que todos paguem. Se todos pagarem, todos pagarão menos”, destaca Gebara.
Para os especialistas, a inadimplência é sinal de que alguns moradores muitas vezes se esquecem do princípio da coletividade: cada má ação isolada interfere na vida de todos ao redor.