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05/11/2013 às 7:35 \ Doenças, Tratamento
Fui convidada por uma enfermeira do clube que frequento a me retirar da piscina. O constrangimento foi muito grande. Depois de onze anos convivendo com a psoríase, pela primeira vez me senti envergonhada.”
Essa situação, vivida pela Priscilla, uma leitora da coluna, é um exemplo do que os portadores de psoríase enfrentam, por causa da falta de informação das pessoas.
Para combater preconceitos, são fundamentais as campanhas de conscientização da população. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) faz esse trabalho tão importante. Entrevistei o Dr. Marcelo Arnone, dermatologista do Hospital das Clínicas de São Paulo e coordenador do Departamento de Psoríase da SBD para falar um pouco sobre essa doença.
Casos como o da leitora acontecem com frequência?
Todos nós, médicos dermatologistas, já ouvimos histórias semelhantes a essa. Refletem o constrangimento e o sofrimento que os portadores de psoríase enfrentam ao tentarem realizar atividades sociais cotidianas.
Como evitar esse constrangimento?
Psoríase é uma doença inflamatória da pele, que causa lesões avermelhadas e que descamam, localizadas mais frequentemente nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Mas ela não é contagiosa. Ninguém “pega” psoríase ao cumprimentar ou abraçar alguém com a doença. As pessoas têm preconceito por temerem que seja contagiosa. Esse preconceito está relacionado com a falta de informação sobre a doença.
Os portadores podem participar das atividades esportivas do clube?
A psoríase pode ser diagnosticada durante o exame médico que os frequentadores realizam periodicamente nos clubes. Médicos com boa formação clínica são capazes de diagnosticar ou suspeitar de psoríase e, uma vez que afastem a possibilidade de uma doença de pele contagiosa, considerar que o portador de psoríase está apto a frequentar piscina, sauna e qualquer outra atividade esportiva ou de lazer.
A enfermeira do clube poderia ter agido diferente?
A enfermeira poderia ter abordado a garota com psoríase de maneira reservada para saber se ela tinha um diagnóstico de sua doença de pele. Uma vez esclarecido que era psoríase, e como a psoríase não é contagiosa, a garota poderia frequentar normalmente a piscina e as outras áreas esportivas e sociais do clube. Aliás, é recomendação médica que portadores de psoríase se exponham ao sol, uma vez que ele tem ação anti-inflamatória na pele.
Assista ao vídeo que faz parte da campanha de conscientização da psoríase da SBD: