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Acordo para redução de sódio não melhora qualidade da alimentação do consumidor, aponta pesquisa

Texto enviado ao JurisWay em 25/02/2013.

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Acordo para redução de sódio não melhora qualidade da alimentação do consumidor, aponta pesquisa
22/2/2013
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RIO — Análise feita pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec) constatou que, apesar de Ministério da Saúde e Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA) terem firmado um acordo para diminuir o teor de sódio em alimentos processados no Brasil em outubro do ano passado, praticamente nada irá mudar na qualidade da alimentação do consumidor. Isso porque dos 530 alimentos que tiveram os rótulos analisados pela entidade, entre bolos, biscoitos, batatas palha, maioneses e cereias matinais, mais de 80% deles já possui quantidade média de sódio inferior à meta de redução estabelecida. E a maioria dos alimentos industrializados tem mais de 50% do valor recomendado de ingestão diária do nutriente.

 

No caso da maionese, por exemplo, boa parte das marcas analisadas pela entidade contém mais de 1.000mg de sódio em 100g do produto (o equivalente a 10 colheres de sopa, aproximadamente). Nessas colheradas há quase metade do total de sódio recomendado pelo Ministério da Saúde para um dia inteiro, que é de 2.400 mg. No entanto, as metas de redução para a categoria parecem não levar isso em conta, pois foram fixadas em 1.283 mg/100g para o ano de 2012; e em 1.051 mg/100g até o fim de 2014 (as metas são gradativas e devem ser implementadas a cada dois anos; para alguns alimentos, começam neste ano e seguem em 2015). Das 21 marcas de maionese pesquisadas, 20 (95,4%) não precisaram mover nenhuma palha para cumprir a meta do ano passado, e 11 (52,4%) podem continuar como estão até 2014.

— A medida é importante, mas, isoladamente e com metas timidamente definidas, o impacto na saúde é muito pequeno — declara Silvia Vignola, sanitarista consultora do Idec e responsável pelo levantamento.

 

De acordo com os valores de referência do semáforo nutricional, utilizado como referência pelo governo e algumas empresas britânicas, a partir de 600mg/100g de sódio, o alimento contém elevada quantidade de sódio e é categorizado com a cor vermelha, que alerta para o consumo com muita moderação.

 

Paulo Nicolellis, coordenador operacional da Abia, contestou a interpretação das metas acordadas entre a associação e o ministério, feita pelo instituto. Ele explica que a falta de regulamentação e de padronização para os índices de sal nos produtos associada a peculiaridades regionais, faz com que o consumidor possa encontrar os mesmos alimentos com muito ou pouco sal no mercado. E que isso pode ter interferido nos resultados apontados pelo Idec sobre a quantidade de produtos que já estão adequados aos índices estabelecidos.

 

Nicolellis garante que o acordo exigirá de pelo menos a metade das 45 mil indústrias de alimentos do país que ajustem os índices de sódio de seus produtos.

— A meta é atingir um padrão mínimo, num primeiro passo em direção ao que se considera ideal para a saúde. E o consumo de sal vai muito além disso, é uma questão de educação. Se eu comer um pacote gigante de pipoca no cinema é claro que estarei excedendo a cota diária. A colaboração tem de vir de todos os lados.

Ela ainda ressaltou que a adequação às metas é um “grande desafio” para a indústria, pois as empresas têm de viabilizar tecnologia para produzir os alimentos, desenvolver novas fórmulas, adequar a linha de produção e entregar ao consumidor um produto sem mudanças siginificativas no sabor, para não perdê-lo.

 

Alimentos deveriam conter alerta sobre teor de sódio

O Idec ainda defende que os produtos com alto teor de sódio poderiam também utilizar alertas similares, como por exemplo, a frase: "Este alimento contêm grande quantidade de sódio. Consuma com moderação".

 

— A adoção de medidas simples podem trazer impactos significativos para redução de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). A regulação da rotulagem de alimentos, incluindo alertas sobre quantidades elevadas de sódio, gorduras e açúcares, pelo governo, pode incentivar à mudança de hábitos do consumidor, para a opção de alimentos mais saudáveis — conclui Vignola.

 

O consumo excessivo de sal é associado a várias doenças relacionadas à elevação da pressão sanguínea, que é a principal causa de acidentes vasculares e uma das principais causas de infartos do miocárdio e insuficiência cardíaca. Essas doenças são as causas de morte mais comuns em todo o mundo.

 

Como foi feito o teste

O Idec verificou os teores de sódio de 530 alimentos de oito categorias que fazem parte dos acordos firmados entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), a Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias, Pão & Bolo Industrializado (Abima), a Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo) e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) para redução dos níveis do ingrediente.

 

A análise foi feita a partir das informações nutricionais disponíveis no rótulo dos produtos, consultados no site das empresas. O levantamento foi realizado em duas etapas: a primeira, em janeiro de 2012, avaliou bolos prontos, rocamboles, salgadinhos de milho, batatas fritas e batatas palha industrializadas, maionese e biscoitos (doces com e sem recheio, e salgados tipo cream cracker e água e sal); a segunda etapa foi realizada em setembro de 2012, quando foram analisados cereais matinais e margarina vegetal.

 

O acordo

Em 2011, o Ministério da Saúde elaborou o Plano Nacional para Redução do Consumo de Sal, apoiado nos seguintes eixos:

 

- Redução voluntária dos níveis de sódio nos alimentos processados e alimentos comercializados em restaurantes e estabelecimentos de alimentação;

- Aumento da oferta de alimentos saudáveis;

 

- Rotulagem e informação ao consumidor;

 

- Educação e sensibilização para consumidores, indústrias, profissionais de saúde e outras partes interessadas;

 

Para tanto, o Ministério da Saúde firmou acordo, documentado pelos Termos de Compromisso nº 0038 e 004/2011, com a Associação Brasileira de Supermercados, com as Associações Brasileiras das Indústrias de Alimentos (ABIA), de Massas Alimentícias (ABIMA), de Trigo (ABITRIGO) e de Panificação e Confeitaria (ABIP), respectivamente;

 

Esses compromissos deram origem a dois outros documentos firmados em dezembro de 2011 e agosto de 2012, estabelecendo limites de sódio para diversas categorias de produtos;

 

As categorias prioritárias foram definidas segundo a contribuição de cada alimento à ingestão de sódio pela população brasileira (de acordo com a aquisição domiciliar segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, de 2002-03, e o teor de sódio nos alimentos, segundo a Tabela de Composição de Alimentos e, complementarmente, outras fontes);

 

Além disso, também foram adicionadas categorias de alimentos com elevador teor de sódio que são mais consumidos por públicos vulneráveis, como crianças e adolescentes.

 

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/defesa-do-consumidor/acordo-para-reducao-de-sodio-nao-melhora-qualidade-da-alimentacao-do-consumidor-aponta-pesquisa-7641642#ixzz2LdT96TeV
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Fonte: O Globo - Online
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