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 Defesa do Consumidor
 

Carros: paralisação da vistoria eletrônica deve gerar prejuízo para o consumidor

Fonte: Agência de Notícias 28/3/2012

Texto enviado ao JurisWay em 28/03/2012.

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SÃO PAULO - A partir de abril, as oficinas de funilaria e pintura que realizam o serviço de vistoria eletrônica pretendem suspender este serviço, em caso de sinistro do veículo. A atividade substitui a necessidade de um inspetor da seguradora para realizar a vistoria.

De acordo com o Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), a suspensão dessa prestação de serviço acarretará prejuízos para o consumidor, que poderá ficar com o seu carro batido parado mais tempo nas oficinas.

Com a paralisação, o sindicato garante que a suspensão da vistoria eletrônica aumentará em três dias o tempo da permanência do veículo nas oficinas. Atualmente, veículos sinistrados ficam, em média, 10 dias para que o reparo seja feito.

Segundo o Sindicato, o alto custo para manter o sistema gera custos para as oficinas. A entidade ainda explica que tentou negociar com as seguradoras um reajuste no valor cobrado pelo serviço por hora, porém sem sucesso. “Como não houve acordo para garantir o reajuste da remuneração, fica inviável para as empresas de reparação arcarem com as despesas de manutenção do software e do profissional especializado para executar o serviço. Temos um custo mensal altíssimo para manter esse serviço, que facilita muito as operações e o processo de liberação pela seguradora dos veículos sinistrados”, explica o presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola.

No início devem participar da paralisação apenas oficinas do estado de São Paulo, mas ela poderá ser estendida para outras regiões. “A insatisfação do empresário que atua no segmento de funilaria e pintura é geral e essa questão já tem sido amplamente discutida com os Sindirepas de outras regiões”, afirma Fiola.

Procurada, a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais) informou em nota que não interfere nas negociações de preços entre seguradoras e oficinas.

Vistoria eletrônica
Antigamente, esse trabalho era feito por inspetores contratados pelas seguradoras. Agora, o serviço foi totalmente substituído pelo sistema DRP (Direct Repair Program), que torna mais ágil o processo de avaliação do sinistro e liberação da seguradora para a execução do serviço, reduzindo o tempo de espera para o dono do veículo sinistrado.

Porém, os reparadores afirmam que a programação do software que as fabricantes desse sistema oferecem ao mercado vem diminuindo o tempo de operação do reparo, tornando inviável a execução dos serviços no período estipulado, retraindo a remuneração paga pelas seguradoras. “O problema que as oficinas enfrentam é o alto custo para manter essa operação que, sem dúvida, revolucionou todo o procedimento de vistoria. O ideal seria que as seguradoras fizessem uma reavaliação e remunerassem as oficinas por esse serviço, o que não acontece hoje”, afirma Fiola.

Reivindicações
Segundo a Câmara de Colisão do Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado), as oficinas querem que o valor da hora da mão de obra por carro pago pelas companhias às oficinas seja aumentado.

De acordo com a Câmara, atualmente, o valor da hora da mão de obra por carro está entre R$ 20 e R$ 50, sendo que, segundo Fiola, algumas seguradoras não reajustam a remuneração há cinco anos, porém, para manter o sistema de software, o dono da oficina desembolsa aproximadamente R$ 1 mil por mês, além do salário do orçamentista, que gira em torno de R$ 3 mil a R$ 4 mil, fora encargos.

O presidente revela que a área de colisão da reparação vem sofrendo achatamento e perda de rentabilidade ao longo dos anos e compara a relação entre as oficinas e as seguradoras com a dos médicos e planos de saúde. “Ficamos de mão atadas sem saber o que fazer e não queremos prejudicar o consumidor até porque dependemos dele para manter o nosso negócio”, acrescenta.

Atualmente, 80% do faturamento das mais de 600 oficinas de funilarias e pintura do Estado de São Paulo que possuem o sistema de vistoria eletrônica advêm dos serviços executados por veículos com seguro.




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