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SÃO PAULO – Os preços dos medicamentos podem variar mais de 200% de uma drogaria para outra em São Paulo, segundo revela pesquisa realizada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
De acordo com o levantamento, que entre os dias 20 de dezembro de 2011 e 09 de janeiro deste ano consultou os preços de 24 medicamentos no site das principais redes de drogarias de São Paulo, em 33% dos casos, a diferença é de mais de 60% entre o menor e o maior valor praticado, sendo que foram identificados 91 preços para os 24 produtos analisados.
Diferenças
No geral, a variação entre o menor e o maior preço verificado para cada droga é de 11% a 235%, com as maiores discrepâncias observadas entre os medicamentos genéricos.
No grupo, aponta o estudo, a menor variação encontrada foi de 66%, no anti-inflamatório diclofenaco potássico do laboratório Medley, cujos preços ficaram entre R$ 3,59 e R$ 7,18. Os piores casos são os dos antibióticos Amoxicilina (de R$ 6,03 a R$ 20,09) e Azitromicina (de R$ 5,75 a R$ 19,28) - ambos do laboratório EMS-, que apontou diferença de 233,1% e 235,3%, nesta ordem.
Entre os medicamentos de referência (de marcas registradas por laboratórios) também há diferenças significativas de preços. O remédio Peprazol, usado para tratamento gástrico, por exemplo, pode ser encontrado por R$ 27,45 até R$ 47,75, uma variação de 66,6%. Já o Ebix, utilizado no tratamento do Alzheimer, tem preços que vão de R$ 160,95 a R$ 223,54, diferença de 38,8%.
Motivos da diferença
Farmácias e governo
“O PMC definido pelo governo baliza o mercado. Quando o teto está lá em cima, a farmácia aumenta o preço. Se fosse liberado, os preços cairiam. Sem a intervenção do governo o mercado se ajusta e consegue vender a um valor mais adequado”, afirma o Lijos.
O secretário executivo da CMED, Ivo Bucaresky, por outro lado, ressalta que a regulação de preços de medicamentos foi instituída há 12 anos no país porque o custo estava muito alto. “O sistema de controle de preços deu certo como proteção ao consumidor. O medicamento que hoje é vendido com desconto em relação ao seu respectivo teto seria muito mais caro se não houvesse um limite. Existe o risco de se aumentar o preço, sim, mas só até o teto”.
Independentemente de o reajuste repentino ocorrer ou não, o Idec acredita que a regulação do setor deveria ser mais efetiva , com o teto definido pelo governo mais acordado com a realidade . “Se as farmácias praticam descontos de até 80% em relação ao preço máximo, é sinal de que esse máximo deveria ser muito menor”, finaliza Joana.