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Data Popular detalha a Classe C no Brasil e neurociência mostra reações de consumidores
Thiago Terra
Classe C: mais crianças matriculadas em colégios particulares do que da classe A
Rio de Janeiro - O mercado de pesquisa no Brasil tem observado as principais mudanças com relação ao comportamento dos consumidores. O aumento da classe média e o funcionamento da mente humana na escolha de um produto são alguns dos estudos feitos por empresas do setor e apresentados durante o VII Fórum Aba Rio de Pesquisa nesta semana.
A classe C no Brasil está em destaque e já movimenta R$ 127,6 bilhões. Isto significa boa parte da massa de renda do Brasil e engana-se quem acredita estar diante de um nicho. Por outro lado, a Neurociência já ajuda a descobrir o que mais impacta de forma positiva ou negativa o consumidor. O Data Popular realizou uma pesquisa sobre a classe C no Brasil e o resultado é que este perfil de consumidor representa 55% da população no sul do Brasil, 40% no norte e 47% no centro-oeste. Logo, não é exagero pensar que a classe C reflete o verdadeiro consumo brasileiro.
Se levarmos em conta todo o país, esses consumidores representam 87% da população e 76% do consumo total da nação. Diante deste cenário, as empresas que investem ou atendem esta maioria sabem que não é uma moda. A classe C veio para ficar. A primeira prova disto é a proporção de crianças e adultos das classes CDE em comparação com a AB. Segundo o Data Popular, para cada adulto AB há quatro CDE. Já entre as crianças, a diferença aumenta para uma a cada 10, respectivamente.
Classe C em foco
Mesmo com esta grande quantidade de futuros consumidores da classe C, outro fator importante para manter este público em foco é a ascensão social pela qual eles estão passando. "Uma consumidora da classe C não voltará a dar leite de terceira para o seu filho como era antes", diz Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular. Completam os pilares da confirmação da classe C como uma realidade para os próximos anos o aumento da oferta de crédito e do salário mínimo, assim como os programas de distribuição de renda lançados pelo Governo Federal.
A mudança na pirâmide do consumo afeta também o comportamento de quem compra. Na classe C, a compra não é apenas a troca de dinheiro por um produto ou serviço. "Trata-se da inclusão. Uma compra representa sair das restrições, ter a oportunidade, suprir uma necessidade e obter prazer", aponta Meirelles.
A diferença deste consumidor para os mais providos de verba não está apenas no seu comportamento ou no seu bolso. O entendimento sobre a comunicação das empresas é distinto. "Esse é o desafio para o marketing das empresas", ensina o sócio-diretor do Data Popular. O perfil da classe C não é difícil de perceber. Pequenos varejos ganham com a confiança mútua dos clientes. Entre os jovens desta classe, a maioria cita a internet como a principal fonte de informação, mais do que a TV aberta.