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Como para esses clientes não há barreiras na comunicação, eles esperam que as empresas hajam da mesma forma
João Crestana
Os consumidores da Geração Y, composta por indivíduos nascidos entre os anos de 1978 e 2003 e que cresceram sob a influência direta da internet, são infiéis. Isso se deve ao fato de esses jovens não desenvolverem afeição a marcas ou empresas, por considerarem tal comportamento a expressão de um desejo comportamental coletivo e, o que eles buscam é justamente o contrário, ou seja, deixarem suas marcas individuais por onde passam.
Impulsivos, individualistas, impacientes, antenados e liberais no consumo, esses “nativos digitais” querem novidades. Essas características foram registradas por pesquisa divulgada, recentemente, em janeiro de 2010 pela Bridge Research, empresa paulista fundada há pouco mais de um ano e especializada no público jovem, que entrevistou pessoas com idade entre 18 e 30 anos da Grande São Paulo, do Rio de Janeiro e de Porto Alegre, das quais 48% homens e 52% mulheres das classes A, B e C.
Como para esses clientes não há barreiras na comunicação, eles esperam que as empresas hajam da mesma forma. Portanto, além de lançar mão dos meios convencionais de divulgação do produto, as companhias precisam usar a tecnologia da informação corretamente e a favor de seus negócios, utilizando as novas mídias e os canais digitais.
Nos plantões de vendas vêm aumentando a presença de jovens em busca de empreendimentos ao mesmo tempo sofisticados, funcionais, diferenciados e que caibam nos seus bolsos. Incorporadores e empreendedores imobiliários têm trabalhado para atendê-los e oferecem prédios com recursos muitas vezes inovadores demais para as empresas especializadas em administração de condomínios, responsáveis por auxiliar síndicos na tarefa de manter esses espaços funcionando plena e perfeitamente.
Operacionalizar novos edifícios ocupados por uma nova categoria de moradores significa um desafio para as administradoras, que deve se adaptar a essas inovações tecnológicas, treinar funcionários e apresentar diferenciais. É preciso deixar a zona de conforto e modernizar processos, sem deixar de cumprir as exigências legais das atividades de síndico e gestor predial.
“Pessoas digitais” e empreendimentos modernos requerem especialização e capacitação de seus administradores e educação é a via de mão dupla para o sucesso empresarial em tempos de revoluções culturais.
A era digital trouxe economia de tempo para que todos vivam mais e melhor.
* João Crestana é presidente do Secovi-SP, da Comissão Nacional da Indústria Imobiliária da CBIC e reitor da Universidade Secovi