Por Gladys Ferraz Magalhães
SÃO PAULO - O número de usuários de cartões de crédito e débito no Brasil cresceu em torno de 300%, entre os anos 2000 e 2008, segundo informou, durante debate realizado na terça-feira (23) pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), o representante da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, Marcelo de Araújo Noronha.
No que diz respeito às transações, um estudo realizado pelo Banco Central mostra que, em menos de dez anos, de 2002 a 2007, o volume movimentado por meio dos cartões, tanto de débito como de crédito, passou de 1,4 bilhão para 3,9 bilhões.
Para Noronha, tais crescimentos têm sido impulsionados, especialmente, pelas classes C e D, já que as classes A e B já têm amplo acesso aos meios de pagamento e financiamento disponíveis.
Cartões
A indústria de cartões, disse Noronha, conforme publicado pela Agência Senado, já chega ao interior do País. Moradores de pequenas cidades já têm acesso aos benefícios oferecidos pelos plásticos, podendo, inclusive, receber salários ou efetuar compras.
Contudo, apesar dos números positivos, argumenta o coordenador-geral de Comunicação e Mídia do Ministério da Fazenda, Marcelo Ramos, os altos custos para disponibilizar o serviço, como o aluguel de máquinas para efetuar as operações, e a falta de concorrência, entre outros motivos, têm limitado a disseminação do uso do cartão no Brasil.
Opinião semelhante manifestou o senador Aldemir Santana (DEM-DF). "Os preços estão inflados por causa dos custos. O Brasil é o único país do mundo onde o custo de aluguel de máquinas para efetuar operações com cartões de crédito tem relevância nos custos das empresas que usam o serviço", lamentou. De acordo com Ramos, órgãos do estado buscam maneiras de atuar para sanar falhas no setor.