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 Defesa do Consumidor
 

Aposentadoria exigirá dose extra de risco

Fonte: Gazeta do Povo 2/6/2009

Texto enviado ao JurisWay em 10/09/2009.

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Quem tem um plano de previdência privada deve ver a rentabilidade dos seus investimentos cair à medida que o governo reduz a taxa básica de juros (Selic) – hoje em 10,25%. Isso porque a maior parte dos recursos aplicados nesses planos são alocados pelas instituições financeiras em títulos públicos que, por sua vez, são indexados à Selic. Para garantir a mesma aposentadoria lá na frente, será preciso investir mais, por mais tempo, ou ainda apostar em renda variável, com possibilidade de ganhos maiores – e, portanto, mais risco.

Em geral, os planos de previdência privada trabalham com uma projeção de rentabilidade líquida média em torno de 6% ao ano. “Já estamos com a Selic em 10,25% e uma projeção de inflação de 4,57% ao ano. Isso significa um ganho real de 5,43% se a aplicação for só em títulos públicos. E conforme a Selic vai caindo, a situação vai ficando pior”, explica o consultor Renato Follador, especialista em previdência. “Não há outra saída. Uma parte do recurso terá que ser investido em ações.”

Para Follador, os poupadores estão mal acostumados, com os ganhos expressivos dos títulos públicos ao longo dos últimos anos. “Mas é um absurdo um país economicamente equilibrado com taxa Selic de 17%, 19% ao ano. O maná dos títulos públicos acabou”, opina.

A boa notícia é que o momento, diz o consultor, é favorável para o investimento em ações. A sugestão de Follador é optar pelos fundos de ações, em porcentuais que variam de acordo com a idade do investidor: 40% do recurso disponível para os mais jovens e 20% para quem está prestes a se aposentar (em até 5 anos). “Pelas análises fundamentalistas, as nossas empresas estão sendo negociadas na bolsa pela metade do valor que elas valem. Ou seja, a tendência no longo prazo é de alta.”

Combinação de aplicações

O economista Leandro Martins, autor de Aprenda a Investir – Saiba Onde e Como Aplicar Seu Dinheiro (editora Atlas), também acredita que os planos de previdência complementar vão ficar cada vez menos interessantes com a queda da Selic. Martins defende que o poupador estude, se informe e aprenda a administrar ele mesmo seus investimentos, combinando aplicações em títulos públicos, via Tesouro Direto, e na bolsa de valores. “Os planos de previdência, em geral, não tem uma boa relação entre custo e benefício, ainda mais agora, com a queda da Selic.”

A saída diante dessa perda de rentabilidade, para o consultor financeiro Marcos Crivelaro, é abrir mão dos planos mais conservadores. “A minha sugestão para quem tem um plano conservador é não abastecê-lo mais. Deixar lá, parado, como está, para evitar as taxas por tirar antes da hora, e começar um novo, menos conservador.” O ideal neste caso, segundo Crivelaro, é um plano que tenha entre 30% e 40% de aplicações em renda variável. “A bolsa tem altos e baixos. Mas como a previdência privada é uma aplicação de longo prazo, estas variações se diluem com o tempo”, diz.

Volume

Segundo dados da Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), o mercado de previdência complementar chegou a R$ 7,8 bilhões em captações no primeiro trimestre deste ano – 6,8% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. Os planos individuais fecharam o trimestre com arrecadação de R$ 6,1 bilhões e os empresariais acumularam R$ 1,2 bilhão. No mesmo período os planos para menores somaram R$ 496 milhões.





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