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Paulo Darcie,
Alguns gastos chegaram a aumentar o dobro do Índice de Custo de Vida nos últimos 12 meses
Manter um carro está cada vez mais caro. Nos últimos 12 meses, os preços de serviços e produtos relacionados à manutenção de automóveis tiveram altas expressivas, maiores do que a inflação.
As autopeças subiram, de acordo com o Índice de Custo de Vida (ICV) do Dieese, 7,35% desde agosto do ano passado, quase o mesmo patamar dos serviços de manutenção em oficinas, que aumentaram 7,77% no período. Esses dois aumentos estão em torno do dobro da inflação no mesmo período, que chegou a 3,77%.
Segundo o consultor de mercado automotivo da ADK, Paulo Garbossa, os preços das peças não deveriam subir. “Como a produção das montadoras está regular e elas estão comprando bastante, não faz sentido aumentarem os preços para lucrar sobre o varejo”, afirma ele. “Mas isso depende dos detalhes de cada produto e indústria”, pondera. “A alta dos estacionamentos sofre influência até do fim da Zona Azul em determinados pontos da cidade”, diz ele. O estacionamentos ficaram 4,11% mais caro no período, e os serviços de lavagem, 13,12%.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo (Sincopeças), Francisco de La Tôrre, vê na substituição tributária, que começou a valer no início do ano para o setor, o maior motivo para a escalada dos preços.“A alta é significativa, é quase o dobro da inflação, e poderia ser mais se a demanda não tivesse se retraído por conta da crise financeira, que obrigou os fabricantes a não repassar o aumento para vender”, afirma ele.
A substituição tributária desloca para um único contribuinte (em geral a indústria) a responsabilidade de recolher todo o ICMS, de toda a cadeia de comercialização, desde a saída do produto da fábrica até o consumidor final. Para isso, o imposto é calculado em cima de uma base presumida de preço final, e de quanto cada empresa na cadeia de produção teria adicionado ao valor da mercadoria. Esses números são projetados pelo Fisco a partir de pesquisas de mercado.
Custos fixos e variáveis
Além de pagar as prestações do veículo, é fundamental que quem compra um carro coloque no seu orçamento os gastos que o automóvel trará. São, segundo o professor de finanças da Faculdade Trevisan, Alcides Leite, custos fixos - como com IPVA, seguro e manutenção periódica - e variáveis, como pedágios, combustível, reparos e até multas.
“Os gastos mensais com um carro ficam em torno de 1% do valor do veículo”, afirma Leite, lembrando que quanto maior o preço do automóvel, mais caros costumam ser o seguro, o IPVA e a manutenção.
De La Tôrre alerta para a atenção que deve ser tomada na compra de peças. De acordo com ele, a forte entrada de itens importados no mercado nacional nos últimos anos permitiu também a vinda de marcas com menor comprometimento com preço, qualidade e segurança.
“Não é regra, mas geralmente as lojas que se preocupam com o bom atendimento, treinamento de funcionários e a boa apresentação visual tendem a ter maior cuidado com a escolha dos fornecedores de peça”, afirma ele.