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Rio de Janeiro - A liberação de descontos em passagens aéreas para a Europa e os Estados Unidos são positivas para os passageiros, que poderão pagar mais barato pelos bilhetes. Porém, no longo prazo, a liberação pode se transformar em prejuízo, alerta o diretor de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira de Viagens (ABAV), Leonel Rossi.
Para ele, sem regulamentação, os descontos podem prejudicar o turismo doméstico e até “eliminar” do mercado companhias nacionais.
“Neste momento, com a liberação, pode haver uma concorrência maior e as tarifas podem cair. Nesse caso, os prejudicados seriam as companhias brasileiras, que sofrem concorrência das americanas e das européias”, completou.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), decidiu hoje (22) liberar gradualmente o preço das passagens para europa e Estados Unidos. O desconto começa com autorização para redução de 20% do preço mínimo (piso). A partir de 2010, a tarifa será totalmente liberada.
O diretor explicou que a liberação de descontos pode significar “uma concorrência predatória” porque as empresas brasileiras, menores que as companhias estrangeiras, podem não agüentar por muito tempo os prejuízos provocados pela redução de tarifas.
“Uma companhia estrangeira para qual o Brasil representa cerca de 2% do mercado internacional pode perder dinheiro durante algum tempo sem muitos problemas. As brasileiras, para as quais o mercado norte-americano representa cerca de 30%, não”, afirmou
Segundo ele, com a eliminação de empresas do mercado, não haverá concorrência e os preços podem voltar a subir, prejudicando o consumidor. “Acho que a Anac não pensou em tudo que deveria ser pensado”, criticou.
Em entrevista à imprensa, no Rio de Janeiro, diretores da Anac garantiram que as companhias brasileiras têm condições econômicas de competir com as estrangeiras e que, inclusive, operam em outros países com tarifas liberadas.
Rossi também chama atenção para os efeitos da medida no mercado doméstico. Com a redução das tarifas internacionais, o turista pode preferir viajar para fora do país, o que prejudicaria toda a rede turística nacional.