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As lâmpadas fluorescentes contêm uma substância tóxica que pode causar mal às pessoas e ao meio ambiente. Aí vem a pergunta: o que fazer com a lâmpada quando ela queima? Não se deve descartá-la no lixo comum.
A partir de segunda-feira, essas lâmpadas vão ser recolhidas em vários bairros de Niterói, na região metropolitana do Rio.
Veja o que a síndica de um prédio fez para conscientizar os moradores dos perigos desta lâmpada e ao mesmo tempo colaborar com a preservação da natureza.
Há um ano Elisabete coordena um trabalho de separação de lixo no prédio onde é síndica em Niterói. O projeto começou em 2000 e além de plásticos e papéis, lâmpadas fluorescentes também são recolhidas.
“As lâmpadas iam junto com todo lixo, não havia uma separação. Agora é que existe esse projeto de separação de lâmpadas. A gente procura embrulhar para que não tenham riscos", explica a síndica Elisabete Rose Cabral dos Santos.
Segundo o Simerj, Sindicato de Materiais Elétricos do Rio, cerca de 10 milhões de lâmpadas fluorescentes são descartadas na cidade todos os anos. Mas elas não podem ser jogadas em qualquer lixo, porque têm na composição o mercúrio, uma substância altamente tóxica.
O jardim do prédio, que é uma área muito grande, para os moradores é como se fosse um símbolo de defesa do meio ambiente.
Dona Marilinda, uma das moradoras mais antigas, explica como foi conscientizar toda a vizinhança sobre a importância de separar o ilxo, principalmente a lâmpada fluorescente. “Nós sabíamos do risco que era soltar uma lâmpada dessa no lixo, misturar. A partir do instante que começamos a separar garrafas, plásticos, aí se partiu logo para a ideia de separar a lâmpada.”
Para garantir um destino ecológico às lâmpadas, uma máquina tem dado conta do recado. Há dois anos, cinco delas percorrem todo o estado. 220 mil lâmpadas fluorescentes já foram trituradas.
O papa-lâmpada foi criado nos Estados Unidos para ser usado dentro de submarinos. No Brasil, ele foi adaptado. É basicamente um tambor, com filtros e um aspirador.
"É basicamente um tubo por onde a lâmpada entra, passa por dois filtros, separa o fósforo, o mercúrio, e no final fica o resíduo de vidro. E todo esse material depois é levado para a reciclagem, sem perigo de contaminação, sem risco de poluição do meio-ambiente", explica André Moragas, um dos diretores do projeto.
A partir de segunda-feira, o papa-lâmpadas vai participar de um projeto itinerante. Vai percorrer cinco bairros de Niterói, que terão pontos de entrega de lâmpada fluorescente. São eles: Ingá, Barreto, Santa Rosa, São Lourenço e Vital Brasil. A meta é, dentro de um mês, recolher de 30 a 40 mil lâmpadas.
O trabalho é uma parceria entre a prefeitura de Niterói e a concessionária de energia ampla. A bióloga Sílvia Pires diz que é preciso ter cuidado ao mexer com a lâmpada fluorescente. O ideal é fazer um embrulho com jornal. “Caso essa lâmpada venha a quebrar, o ideal é que você saia do recinto, abra as janelas e deixe um pouco arejado. Saia um pouquinho, depois retorna, retira os cacos, e o ambiente já vai estar livre, por conta da ventilação.”
Taí: ótimas dicas da bióloga Sílvia Pires. E o bom exemplo da dona Elizabette, a síndica daquele prédio.
As lâmpadas fluorescentes são muito procuradas porque consomem menos energia. São mais caras que as comuns, mas duram mais: em média, até três anos. E só tomar os cuidados necessários.