JurisWay - Sistema Educacional Online
 
 
Cursos
Certificados
Concursos
OAB
ENEM
Vídeos
Modelos
Perguntas
Notícias
Fale Conosco
 
Email
Senha
powered by
Google  
 
 Sala dos Doutrinadores - Ponto de Vista
Autoria:

Nicole Lara De Pinho Ramalhoso
Advogada, graduada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduada em Direito Internacional pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP). Atua com Meios Extrajudiciais de Solução de Conflitos (Conciliação, Mediação e Arbitragem) em matérias de Direito Societário, M&A, Contratos e Compliance.

envie um e-mail para este autor
Monografias Desenvolvimento Pessoal

COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA - Você fala o que realmente quer dizer?

O artigo explica, de maneira simples e didática, o que é Comunicação Não Violenta, as 5 Linguagens do Amor e bem como se valer do uso dessas técnicas de relacionamento.

Texto enviado ao JurisWay em 10/05/2019.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

Boa parte dos conflitos, são causados mais pela FORMA como se expõe o que se pensa, do que propriamente pelo fato que causa determinada divergência.

 

Tomando como base tal preceito, o psicólogo clínico Marshall Bertram Rosenberg e uma equipe internacional de colegas da área, desenvolveu o conceito e processo conhecido como Comunicação Não Violenta (CNV), que seria capaz de estimular a Compaixão e a Empatia (por isso também chamada de Comunicação Empática), tornando possível o estabelecimento de relações de parceria e cooperação, em detrimento da adoção de atitudes e posturas como as do uso de ameaças, acusações, julgamentos, medo e vergonha.

 

Rosenberg aplicou o modelo de Comunicação Não Violenta em Programas da Paz em Ruanda, Burundi, Nigéria, Malásia, Indonésia, Sri Lanka, Oriente Médio, Sérvia, Croácia e Irlanda. E, as contribuições teóricas e práticas de Rosenberg são amplamente utilizadas por profissionais que atuam com Métodos Autocompositivos de Solução de Conflitos, como a Negociação, a Conciliação, a Mediação e a Arbitragem.

 

Nesse sentido, Rosenberg determinou 4 (quatro) elementos que definem a CNV:

 

1. Observação: consiste em distinguir os fatos dos julgamentos.

 

2. Sentimentos: perceber o que você está sentindo diante do fato (e não sua opinião sobre).

 

3. Necessidades: identificar qual a necessidade vinculada ao sentimento.

 

4. Pedido: uma vez reconhecido os três elementos anteriores, é possível fazer o pedido que atenda à necessidade de forma eficaz.

 

Quer um exemplo?

 

 

Resumo: Dois sócios marcam reuniões para apresentar seu produto/serviço para clientes. Um deles sempre chega atrasado aos compromissos.

 

A) Sócio pontual que (ainda) não conhece a CNV:

 

“Você está sempre atrasado! Nunca consegue chegar nos horários das reuniões! [acusações] Como vamos conseguir fechar o negócio com o cliente se você nunca está comigo?! [julgamentos] Estou cansado disso! Se na próxima vez você atrasar, eu vou cair fora da nossa Sociedade! [ameaças]

 

B) Sócio pontual que conhece a CNV:

 

“Eu percebi que você chegou atrasado ontem e hoje nas reuniões de trabalho [fato descritivo, sem julgamentos]. Eu me sinto frustrado [identificação do sentimento], pois acredito que seja importante estarmos presentes juntos no horário marcado para conquistarmos o cliente [expõe a necessidade pessoal de pontualidade]. Na próxima reunião, por favor, peço que chegue no horário combinado [pedido claro e específico]. Se quiser, posso buscá-lo e vamos juntos! [sugestão que acolhe a falha do outro e demonstra que o conflito não é pessoal, mas sim, objetivo diante do fato]

 

Você consegue perceber a diferença?

 

Pode parecer, à primeira vista, que a CNV nos leva a “nos calar” diante daquilo que nos incomoda, diante de ofensas ou agressões, mas é justamente o contrário: a CNV é totalmente fundada no diálogo honesto e transparente, não se limita a uma análise egoísta dos fatos (ex.: “você me deixou esperando por horas!”), mas, sim, evidencia os sentimentos (ex.: “me senti abandonado quando você não apareceu”). Trata-se de uma comunicação mais eficaz do que a acusatória, que devolve ao outro todo o nosso ressentimento, e também do que aquela que cala passivamente e sufoca a pessoa nos próprios rancores.

 

Valer-se do uso da Comunicação Não Violenta, por vezes, não é uma tarefa fácil, exige vontade, disposição e um desejo de melhorar a si mesmo e as relações diárias, sejam familiares, profissionais ou pontuais.

 

Por conseguinte, é seguro afirmar que a Comunicação Não Violenta é, essencialmente, um exercício de autoconhecimento, uma vez que, ao praticar a autoanálise dos sentimentos e necessidades, o indivíduo exerce a compaixão consigo mesmo e, dessa forma, reconhece suas características, seus medos, qualidades e princípios. Em síntese, conhece a si mesmo e possui as ferramentas de “cura” em si mesmo.

 

Ao encontro da Comunicação Não Violenta vem outra ferramenta que, de maneira mais profunda, é capaz de auxiliar a potencializar a forma com a qual nos comunicamos: a identificação da Linguagem do Amor utilizada (e valorizada) quando nos expressamos.

 

De acordo com Gary Chapman, existem 5 (cinco) linguagens básicas pelas quais o amor é expressado e compreendido. Segundo o especialista, cada indivíduo nasce com (ou desenvolve) uma maneira específica de identificar, receber e dar amor. São elas:

 

1. Palavras de Afirmação: são sentenças expressas em elogios e/ou incentivos que valorizam o outro ou a si mesmo;

 

2. Qualidade de Tempo: diz respeito à dedicação de um tempo exclusivo, ainda que curto, ao outro a quem se tem carinho;

 

3. Presentes: nesta linguagem, o valor financeiro de algo material dado é o menos importante; a importância simbólica encontra-se no sentimento de gratidão traduzido em um presente a quem se estima;

 

4. Gestos de Serviço: são formas de expressão por meio de ações práticas (como cozinhar ou consertar algo quebrado) que demonstram valorização, carinho, preocupação com a felicidade do outro;

 

5. Toque Físico: indivíduos que se expressam por meio desta linguagem, têm a necessidade de sentir fisicamente o carinho e o amor e, dessa forma, perceberem-se seguras.

 

Por fim, vale dizer que o uso da Comunicação Não Violenta, bem como o conhecimento da Linguagem do Amor nos relacionamentos (pessoais, familiares e profissionais), é um “caminho sem volta”! As consequências são de tamanha realização que a prática torna-se “um vício”! Cuidado!

 

Gostou? Quer saber mais sobre a Comunicação Não Violenta e as 5 Linguagens do Amor?

 

Segue abaixo algumas sugestões de leitura e vídeos:

 

* Marshall Rosenberg falando sobre a CNV:

Vídeo Parte 1 (legendado)

https://www.youtube.com/watch?v=AbQTnHirOnw&list=PLA863LmWZSSyBNYbTWtJqlhL1jeQcVqdk

 

Vídeo Parte 2 (legendado)

https://www.youtube.com/watch?v=wuvh9D9fAbg

 

* Site da Fundação de Marshal Rosenberg sobre a CNV:

https://www.cnvc.org/

 

* Livro sobre CNV:

Comunicação Não-Violenta - Técnicas Para Aprimorar Relacionamentos Pessoais E Profissionais" – ROSENBERG, Marshall- Editora Ágora

 

* Livro sobre as 5 Linguagem do Amor:

“As 5 Linguagem do Amor” – 3ª Ed. (2013) - CHAPMAN, Gary – Editora Mundo Cristão




Importante:
1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br, e a autoria (Nicole Lara De Pinho Ramalhoso).
2 - O JurisWay não interfere nas obras disponibilizadas pelos doutrinadores, razão pela qual refletem exclusivamente as opiniões, idéias e conceitos de seus autores.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

Nenhum comentário cadastrado.



Somente usuários cadastrados podem avaliar o conteúdo do JurisWay.

Para comentar este artigo, entre com seu e-mail e senha abaixo ou faço o cadastro no site.

Já sou cadastrado no JurisWay





Esqueceu login/senha?
Lembrete por e-mail

Não sou cadastrado no JurisWay




 

Institucional

O que é JurisWay
Por que JurisWay?
Nossos Colaboradores
Profissionais Classificados
Responsabilidade Social no Brasil



Publicidade

Anuncie Conosco



Entre em Contato

Dúvidas, Críticas e Sugestões



Seções

Cursos Online Gratuitos
Vídeos Selecionados
Provas da OAB
Provas de Concursos
Provas do ENEM
Dicas para Provas e Concursos
Modelos de Documentos
Modelos Comentados
Perguntas e Respostas
Sala dos Doutrinadores
Artigos de Motivação
Notícias dos Tribunais
Notícias de Concursos
JurisClipping
Eu Legislador
Eu Juiz
É Bom Saber
Vocabulário Jurídico
Sala de Imprensa
Defesa do Consumidor
Reflexos Jurídicos
Tribunais
Legislação
Jurisprudência
Sentenças
Súmulas
Direito em Quadrinhos
Indicação de Filmes
Curiosidades da Internet
Documentos Históricos
Fórum
English JurisWay



Áreas Jurídicas

Introdução ao Estudo do Direito
Direito Civil
Direito Penal
Direito Empresarial
Direito de Família
Direito Individual do Trabalho
Direito Coletivo do Trabalho
Direito Processual Civil
Direito Processual do Trabalho
Condomínio
Direito Administrativo
Direito Ambiental
Direito do Consumidor
Direito Imobiliário
Direito Previdenciário
Direito Tributário
Locação
Propriedade Intelectual
Responsabilidade Civil
Direito de Trânsito
Direito das Sucessões
Direito Eleitoral
Licitações e Contratos Administrativos
Direito Constitucional
Direito Contratual
Direito Internacional Público
Teoria Econômica do Litígio
Outros



Áreas de Apoio

Desenvolvimento Pessoal
Desenvolvimento Profissional
Língua Portuguesa
Inglês Básico
Inglês Instrumental
Filosofia
Relações com a Imprensa
Técnicas de Estudo


Copyright (c) 2006-2024. JurisWay - Todos os direitos reservados