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Uma análise da obra traçando os caminhos dos pensamentos sobre arte reconhecida em si mesmo.
Texto enviado ao JurisWay em 25/04/2013.
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Quem entende arte? |
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25 de Abril de 2013 |
ANÁLISE DO LIVRO “CAMINHOS DA FILOSOFIA” DE PAULO GHIRALDELLI |
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Uma análise da obra traçando os caminhos dos pensamentos sobre arte reconhecida em si mesmo.
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Danto, filósofo aposentado que hoje trabalha como crítico de arte em um jornal de esquerda nos Estados Unidos da América alude que para falar de arte é preciso abranger o mundo todo da arte.
O objeto criado em si questiona e argumenta sobre todos os aspectos sobre o que é ser belo, passando a ser uma consciência do homem, ou em outras palavras, seu espelho. Teoria explicada pela psicologia como exercício de autoconhecimento. A arte neste momento dispensa a filosofia, pois ela mesma por si só filosofa.
Hegel escrevia que “A mente reconhece a si mesma na arte, o que leva a valorização da intimidade na arte”. Nota-se uma conexão feita por muito filósofos contemporâneos ou não dizem o mesmo. A criação do homem vem de seu íntimo que por sua vez é um pedaço de tal, sendo a sua história, sendo consequentemente a história da humanidade.
A associação da arte somente ao belo já não existe, e nunca existiu. O que importa na verdade é o significado do objeto, comunicando sua mensagem e conteúdo, demonstrando a intenção do artista na obra.
Em 1955, Morris Waice em um artigo chamado “O Papel Da Teoria e Estética”, escreveu que é impossível definir arte com apenas um conceito, sendo assim, o mesmo definiu a arte de certo modo ao dizer que “arte é um conceito aberto”.
Existe uma vertente de estudo da arte, a Teoria Institucional da arte que afirma ser, quase em todos os cinco pontos, a arte é direcionada apenas para pessoas com um nível de entendimento elevado. Teoria presunçosa, pois e toda forma de arte é uma consciência e o sujeito vê nela ele mesmo, como disse Hegel, qualquer pessoa em sua ignorância artística pode ser ou entender arte. Se assim não o fosse, era possível afirmar a existência de uma espécie de síndrome vampírica artística, em que a pessoas não seria capaz de enxergar ela mesma diante de uma obra de arte partindo do princípio de que toda arte é um espelho.
A arte é um resultado do “fazer”. Logo, nem tudo que é bonito é arte, sendo um retrato do homem e sua sociedade, não necessariamente sendo bonita, já que a consciência humana é muitas vezes obscura e acaba por exportar seus desejos e aflições em uma obra.
Na arte como diz Augusto Conte, “a humanidade se contempla contemplando, se interroga interrogando, se reconhece conhecendo”. Kant dizia que “a arte não é representação de uma coisa bela, mas sim a bela representação de uma coisa”. Logo se conclui que a arte não precisa ser bonita e sim representativa. A arte não imita as coisas, simplesmente representa e contempla a homenageando-a, sendo o importante sentir e não entender.
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