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 Defesa do Consumidor
 

Brasileiro deve tomar cuidado com o câmbio

Fonte: JC Online - Jornal do Commercio 4/10/2010

Texto enviado ao JurisWay em 04/10/2010.

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Brasileiros com viagem marcada para o exterior, plano de fazer intercâmbio, estudar fora ou que tenham dívidas em dólares precisam tomar cuidado com a taxa de câmbio, que pode ter solavancos nas próximas semanas, segundo especialistas. Após descer na sexta a R$ 1,68, menor nível em dois anos, o dólar pode voltar a subir – mesmo que momentaneamente – se o governo cumprir a ameaça de intervir pesado no câmbio por meio do Fundo Soberano ou de elevar IOF para estrangeiros.

Mas isso se a enxurrada de recursos estrangeiros ao Brasil não aumentar ainda mais, marcando novo fundo do poço para o dólar e impondo outro fracasso às tentativas de inverter os fluxos mundiais de capital. Diante da imprevisibilidade do resultado daquilo que o ministro Guido Mantega (Fazenda) chamou de guerra cambial, especialistas recomendam que a pessoa exposta ao risco cambial comece, o mais cedo possível, a comprar a moeda americana em pequenas quantidades.

As compras devem ocorrer durante o tempo que ainda falta para a pessoa viajar ou utilizar o dinheiro.

PREÇO MÉDIO - A ideia é fazer um preço médio mais estável, que equilibre tanto cenários de alta como de baixa do dólar. Se a intervenção do governo der certo e a moeda americana chegar a R$ 1,80, a pessoa vai ter comprado parte dos dólares a R$ 1,68, R$ 1,70, R$ 1,72 etc. Na média, terá ficado com preço inferior ao que compraria mais tarde a preço de mercado.

Por outro lado, se as intervenções derem errado e taxa de câmbio cair para R$ 1,50, a pessoa ainda conseguirá comprar parte do que precisa com um preço favorável. Em ambos os casos, não fará o melhor negócio do mundo, mas também não sairá perdendo muito dinheiro com a variação cambial.

O consultor Mauro Halfeld, professor da Universidade Federal de Santa Catarina, aprova a estratégia do preço médio, mas sugere que a pessoa compre mais dólares agora para aproveitar o preço historicamente baixo da moeda americana.

“Quem mantém relações com os EUA tem um poder de compra alto. É uma oportunidade para viajar, fazer intercâmbio, aprender inglês, fazer uma pós-graduação e investir na formação”, disse ele.

Para Fabio Colombo, administrador de investimentos pessoais, a estratégia do preço médio é aconselhada para as pessoas de perfil moderado, que não gostam de assumir riscos demasiados.

Colombo sugere que a pessoa que pretenda, por exemplo, gastar US$ 6.000 daqui a seis meses compre US$ 1.000 todos os meses até lá. Se precisar do dinheiro daqui a um ano, pode fazer compras de US$ 500 nos próximos 12 meses.

Aos mais conservadores, Colombo sugere comprar imediatamente a moeda, que está com um preço bastante bom. “O conservador compra tudo agora e se livra do risco. Os mais agressivos podem deixar para a última hora, aproveitando para comprar com um preço ainda mais baixo, mas também pode dar errado e ter de comprar tudo depois com um preço bem mais alto”, disse.

GUERRA CAMBIAL - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o Brasil levará para os fóruns internacionais a discussão sobre a atual guerra cambial. “Vou levar o tema para a reunião do Fundo do Monetário Internacional (FMI) e para o G20”, afirmou Mantega.

Na segunda-feira da semana passada, o ministro Guido Mantega usou, pela primeira vez, a expressão “guerra cambial”, ao criticar a postura unilateral que está sendo tomada por vários países que, temendo perder competitividade no comércio devido à fraqueza da economia global, estão promovendo a depreciação de suas moedas para incentivar as exportações. Segundo ele disse naquele dia, o mundo vive atualmente uma “guerra cambial” que ameaça a competitividade brasileira no comércio internacional.

Na ocasião, ele afirmou que o governo Lula tem instrumentos para conter a valorização do real. “Não permitiremos que o Brasil seja prejudicado por causa da política cambial dos demais países”, disse Guido Mantega, naquele dia.





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