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Rio - Pesquisa do Instituto Fernandes Figueira (IFF), da Fiocruz, revelou que as mães cariocas consomem poucos peixes e cereais. Segundo a coordenadora do estudo, Danielle Aparecida da Silva, o objetivo é identificar alimentos que melhoram a qualidade do leite materno e, portanto, o torna mais nutritivo para o bebê.
O trabalho foi feito investigando os hábitos alimentares e analisando o leite materno doado por 30 mulheres ao Banco de Leite do IFF. “A carioca ou come arroz com feijão, salada e carne, ou come fast food. Ela precisa consumir mais pescado, que é rico em Ômega 3 e ajuda no desenvolvimento do bebê, além dos cereais”, diz.
Algumas doadoras produziam leite com mais de 700 calorias por litro e outras, com menos de 400 calorias por litro. “Vimos que aquelas que têm menos calorias no leite são as que pulam refeições, comem fast food e guloseimas”, relatou Danielle. A partir dos resultados será possível orientar as lactantes a consumirem alimentos benéficos para a amamentação.
O estudo, ainda em fase inicial, será apresentado no V Congresso Brasileiro e I Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano, de hoje até quinta-feira em Brasília.
“Pesquisa no Norte do Brasil mostrou que mulheres que se alimentavam de farinha de pupunha produziam leite 20% mais rico em vitamina A do que as que não consumiam”, disse. A Fiocruz deve ampliar o estudo a outros estados, e avaliar a influência dos alimentos típicos de cada região no leite.
Leite mais forte para prematuros
O leite produzido por mães de prematuros é mais rico em nutrientes do que o das mulheres que tiveram bebês aos 9 meses. Em uma gestação normal, durante 15 dias após o parto, o leite produzido pela mãe é o chamado colostro. Segundo Danielle, o líquido caracteriza-se por ter baixo valor calórico e alta concentração de fatores protetores. Após os 15 dias, o leite passa a ter alto valor calórico e poucos fatores protetores. “No prematuro, o período de colostro dura mais tempo. O corpo da mulher identifica que o parto aconteceu antes da hora e naturalmente produz um leite mais forte para o bebê”, diz a pesquisadora.
Por Clarissa Mello