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Para entrar em universidades americanas, aluno brasileiro deve ser nota dez também na vida social

Fonte: R7 Notícias 16/4/2012

Texto enviado ao JurisWay em 16/04/2012.

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Parceria com instituições como Harvard, Columbia e MIT podem mudar a cara do ensino no Brasil
 
Na última semana, durante a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, o governo brasileiro fechou acordos para promover o intercâmbio de estudantes e pesquisadores em universidades americanas de ponta, como Harvard, Columbia e MIT (Massachusetts Institute of Technology).

As parcerias e os programas de incentivo do governo, como o Ciência sem Fronteiras, facilitam a entrada de brasileiros nas melhores universidades do mundo, mas só serão aceitos os melhores. Isso é o que garante Renata Moraes, gerente de desenvolvimento da Fundação Educar, que também promove o intercâmbio com universidades de ponta.

— O melhor estudante para Harvard e para o MIT, por exemplo, não necessariamente é o melhor para a USP ou Unicamp. Isso porque, no Brasil, o acesso ao ensino superior é muito focado no resultado de provas e não considera a vida social e acadêmica que o aluno teve ao longo da vida.

Segundo Renata, os estudantes que “se matam” de estudar nas vésperas de provas e perdem reuniões com amigos para passar nos grandes vestibulares do Brasil não são valorizados no processo de seleção das universidades americanas.

— No acesso a faculdade, o aluno precisa mostrar constância, ou seja, ele tem que ter se destacado ao longo da vida. E não só nos estudos. Ele precisa ser o melhor em todas as áreas, inclusive na vida social.

O estudante João Henrique de Aquino Vogel, de 18 anos, conhece bem as dificuldades para mostrar pluralidade. O jovem foi aprovado em Harvard e começa as aulas no segundo semestre de 2012 com uma bolsa de estudos de mais de R$ 100 mil ao ano. Mas, para conseguir a aprovação, precisou ir além dos estudos.

— Um dos pontos da seleção é a analise da vida social. Eles procuram saber se o aluno toca algum instrumento, faz trabalho social, lidera algum grupo de estudos. Tudo isso conta pontos para entrar na faculdade. Se eu fosse apenas um bom aluno na escola, não teria conseguido entrar em Harvard.

Para Diana Moreinis Nasser, líder do Alumni Representative Committee of Columbia University, que entrevista os estudantes brasileiros que querem estudar na instituição, considerada a décima melhor do mundo, segundo o ranking QS Top Universities, as instituições americanas estão tentando se adequar ao perfil do estudante brasileiro.

— Antes, o brasileiro era visto como mais um aluno em Columbia, que não necessariamente faria a diferença para aumentar o nível da instituição. Hoje, a presidência da universidade vê o brasileiro como alguém que faz a diferença.

Diana afirma que, há cerca de cinco anos, apenas três alunos eram aceitos ao ano em Columbia. Em 2012, segundo a entrevistadora, foram 15 aprovados.


- Os alunos também estão entendendo essa cobrança para entrar nas universidades e estão correndo atrás para melhorar sua formação como alunos e como cidadãos.

Mudança também no ensino

Segundo especialistas na área de intercâmbio, como Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann, as grandes parcerias só foram possíveis porque o Brasil se desenvolveu economicamente a ponto de despertar o interesse mundial.

— Nosso país entrou na agenda do mundo e isso tem gerado cada vez mais interesse acadêmico, político e econômico dos demais países. Além disso, o governo também tem demonstrado uma atitude proativa com relação à internacionalização do estudo e isso também atrai essas universidades.

O especialista diz acreditar que, em poucos anos, a iniciativa de promover o intercâmbio de estudantes qualificados trará mudanças para a dinâmica da educação no País.

— Os alunos que passarem a conhecer a estrutura das universidades de ponta, com seus laboratórios de última geração e com os melhores profissionais de cada área atuando como professores, não vão mais aceitar uma universidade que não esteja intimamente ligada com o mercado de trabalho, favorecendo o crescimento da ciência e da tecnologia. Infelizmente, as instituições brasileiras são muito fechadas em seu ambiente acadêmico. Isso não existe nos EUA.

Para Mizne, a quantidade de brasileiros que passarão a ir para o exterior também pode afetar a educação básica.

— O País está enviando os melhores estudantes para os programas de intercâmbio, mas também precisará garantir que futuros intercambistas tenham condições de concorrer com alunos de outros países que já investiram na educação, como China, Coreia e Índia. Nossos alunos têm saído das escolas sem sequer aprender matemática e esses, infelizmente, não serão aceitos nas grandes universidades. É preciso mudar a base da educação.




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