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Exame genético na hora
Pesquisadores canadenses criaram um biochip capaz de analisar até 80 marcadores genéticos que indicam a ocorrência de vários tipos de câncer.
Segundo a Dra Linda Pilarski, da Universidade de Alberta, o pequeno chip abre caminho para a realização de exames e o diagnóstico do câncer na hora, a custo baixo, e sem depender de laboratórios clínicos.
Isso significa que, quando o biochip estiver disponível comercialmente, os exames poderão ser feitos no próprio consultório médico ou em locais remotos, sem pessoal médico especializado e sem recursos adequados.
Cânceres raros
Mais do que isso, a nova tecnologia permitirá a realização de testes para tipos muito raros e específicos de câncer, dificilmente diagnosticados mesmo nos centros mais modernos.
É o caso, por exemplo, do linfoma linfoblástico - ou leucemia linfoide aguda - um tipo raro de câncer que afeta principalmente crianças.
Quando detectado e tratado no início, ele tem taxas de cura excepcionalmente altas. Mas, se não for tratado a tempo, pode ser fatal em algumas semanas.
Outros 79 tipos de câncer podem igualmente ser detectados em um único exame.
Doenças infecciosas
Embora o câncer seja a área principal das pesquisas da equipe, o chip microfluídico também pode ser utilizado para fazer diagnósticos de várias outras doenças, sobretudo infecciosas.
Virtualmente qualquer doença pode ser diagnosticada, bastando para isso fabricar o biochip com os componentes necessários para identificar cada uma delas.
Isso inclui desde uma gripe comum, até malária, SARS, febre do Nilo e outras doenças contagiosas.
Testes
O microlaboratório - conhecido tecnicamente como chip microfluídico - é formado por 80 minúsculas estruturas, cada uma das quais analisa o sangue para uma mutação específica - uma única gota de sangue é suficiente para todos os exames.
Segundo a Dra. Pilarski, os médicos poderão fazer o diagnóstico do paciente no próprio consultório, em um tempo não maior do que uma hora - ou seja, o paciente saberá o resultado do exame durante a própria consulta.
O biochip começará agora a passar por testes de campo.
Depois que sua eficiência for comprovada em larga escala, ele poderá ter sua fabricação autorizada.