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A pensionista Andreia Gaudine nunca tinha ido a um museu. Neste final de semana, na companhia da filha e de dois sobrinhos, decidiu visitar um museu para conhecer a história de Brasília e também dos índios do país. Moradora de capital, ela acredita que os governos deveriam ter mais cuidado com essas instituições para preservar a história.
“É importante ter museus para que as pessoas conheçam o seu passado. A gente percebe que aqueles que cobram ingresso são mais bem cuidados. É preciso que os museus públicos também sejam bem conservados”, disse a guia.
De passagem por Brasília, o analista de sistemas Marcos Alves ressaltou a importância de se investir em museus. “Acho muito importante que tenhamos museus. É essencial que as pessoas conheçam a história dos seus antepassados e que a gente também tenha a oportunidade de mostrar nosso legado para as próximas gerações.”
Ele destacou que o país precisa investir mais em cultura e na construção de museus. “Na Europa a gente enfrenta filas para conhecer museus e, aqui no Brasil, não existe isso. Precisamos valorizar a nossa cultura”, disse.
O produtor cultural do Rio de Janeiro, Bruno Stehling, estava visitando São Paulo neste final de semana e contou que tem o hábito de ir a museus quando está viajando. Ele considera que as instituições brasileiras são pequenas em comparação às de outros países. Para Stehling, iniciativas como o Museu da Língua Portuguesa, em SP, são importantes.
“O Museu da Língua Portuguesa é uma coisa incrível. Também acho o Museu do Futebol uma coisa muito válida para o Brasil, por mais que, a princípio, tenha me soado piegas. Mas hoje em dia acho bem interessante”.
Para o produtor, é importante ter um espaço de resgate. “O Masp [Museu de Arte de São Paulo], por exemplo, tem muitas obras dos séculos 15, 16 e 17. São pensamentos de época, modos de ver, formas de enxergar a vida diferente, outros valores, e acho muito importante resgatar isso”.
O fotógrafo francês Richard Melka, em visita ao Brasil, afirmou à Agência Brasil que os museus são importantes para democratizar a cultura. “A arte, em geral, é importante. E a maneira de se difundir a arte, fora do mercado, se faz no museu. É a democratização cultural, porque é barato de ver e não é necessário comprar as obras, que são caríssimas”, ponderou.
A funcionária pública brasiliense Katia Valéria dos Santos Marques, durante visita ao Masp, em São Paulo, afirmou que o país não deve “fazer por fazer” museus. “Acho que não se pode vulgarizar e fazer museu de qualquer coisa. Deve-se saber realmente o que tem valor para se guardar ali.”
(Fonte: Agência Brasil)