Nova pesquisa CRIANÇA SEGURA: em 5 hospitais de São Paulo, queda foi o acidente mais relatado, sendo 83% envolvendo bebês 17/4/2013
Uma nova pesquisa encomendada pela ONG CRIANÇA SEGURA e realizada pelo Datafolha Instituto de Pesquisas, identificou o perfil dos acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos. Entre os principais dados apontados pelo estudo está a constatação de que a queda é o acidente mais comum e que, na maior parte dos casos, a criança estava acompanhada por outra criança, a quem não caberia fazer sua supervisão.
A pesquisa considerou cinco hospitais na região metropolitana da cidade de São Paulo/SP: Santa Casa, na região Centro-Oeste, Vila Maria, na região Norte, Santa Marcelina e Sapopemba, na região Leste e Campo Limpo, na região Sul. Foram entrevistados pais, responsáveis e, posteriormente, os médicos e enfermeiros responsáveis pelos casos. Ao todo foram 916 entrevistas, realizadas entre agosto e novembro de 2012.
A maior parte das crianças acidentadas, 96%, reside na capital, em regiões periféricas (58%), é do sexo masculino (61%), com 6 anos em média. A análise revelou também outras informações importantes sobre os casos:
Em 48% (433) dos casos, as quedas foram apontadas pelos pais o motivo para estar no hospital. Deste total, 83% correspondeu a crianças com menos de 1 ano, sendo a queda especialmente da cama de um adulto (32%). A maior parte destas lesões foi no mesmo nível, 22%.
Acidentes de esporte, segunda maior causa de acidentes, corresponderam a 10% (87) dos casos. Esta lesão foi relatada principalmente na faixa etária de 10 a 14 anos (26%), sexo masculino (11%) com fratura (26%), contusão (26%) e 7% dos casos encaminhados para cirurgia.
Outros acidentes identificados foram: corpo estranho (7%, 65 casos); atropelamento (5%, 48 casos); acidente com bicicleta (5%, 46 casos); ferimento penetrante (4%, 40 casos); batida/pancada (4%, 36 casos) e outros – entorse, envenenamento, esmagamento, queimadura, atingido por objeto e acidente com animal (2%).
A cada dez responsáveis entrevistados, seis consideraram que o acidente poderia ter sido evitado com medidas preventivas como a presença/supervisão do adulto, ensinamentos à criança sobre como evitar o acidente e adequação do ambiente eliminando os perigos.
Fonte: Blog de ONG CRIANÇA SEGURA