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Texto enviado ao JurisWay em 18/03/2013.
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Segundo estudo que acompanhou 3.200 pessoas por mais de 20 anos, tendência de ganho de peso é maior entre quem abandona o cigarro. No entanto, quilos a mais não alteram a diminuição do risco de doenças cardíacas
É inegável que uma das melhores coisas que um fumante pode fazer pela sua saúde cardíaca é abandonar o cigarro. Por outro lado, estudos já mostraram que o ganho de peso é, de fato, um dos efeitos negativos do fim do tabagismo – e, como se sabe, engordar faz mal ao coração. Diante disso, surge uma dúvida: qual dos efeitos, entre o do aumento do peso e o do fim do cigarro, se sobressai? Um novo estudo feito por pesquisadores suíços e americanos descobriu que uma pessoa que para de fumar, de fato, pode engordar — mas que os benefícios ao coração superam qualquer risco associado ao aumento do peso. A pesquisa foi publicada nesta terça-feira no periódico The Journal of The American Medical Association (JAMA).
O trabalho, desenvolvido por especialistas da Universidade de Lausanne, na Suíça, e do Hospital Geral de Massachusetts, filiado à Universidade Harvard, nos Estados Unidos, se baseou nos dados de 3.251 americanos que participaram de um estudo de saúde durante 27 anos (de 1984 a 2011). A cada quatro anos, os pesquisadores avaliaram os participantes, olhando especialmente para fatores como tabagismo, ganho de peso e saúde cardíaca. Durante todo o estudo, foram registrados 631 casos de doenças cardiovasculares.
Fim do vício — De acordo com o estudo, em mais de duas décadas, a tendência de ganho de peso foi observada em todos os indivíduos que participaram da pesquisa, mas foi maior entre aqueles que haviam parado de fumar há menos tempo – ou seja, desde a sua última avaliação, feita há quatro anos. Enquanto fumantes, não fumantes e pessoas que haviam abandonado o cigarro há mais do que quatro anos engordaram, em média, de meio a um quilo a cada intervalo entre as avaliações, os ex-fumantes mais recentes ganharam, em média, de dois a 4,5 quilos no espaço entre as visitas.
Porém, os pesquisadores observaram que, independentemente de quanto o participante havia engordado ao deixar de fumar, o seu risco de sofrer algum evento cardiovascular diminuiu em 50% seis anos após ele abandonar o cigarro. Esse dado foi válido para pessoas livres de diabetes. De acordo com os autores do estudo, diabéticos, entre os quais o ganho de peso é especialmente preocupante, também apresentaram uma queda nesse risco. No entanto, poucos participantes da pesquisa apresentavam a doença, então não foi possível chegar a um número estatisticamente significativo.
“Nós agora podemos dizer com toda a certeza que parar de fumar tem um efeito muito positivo no risco cardiovascular, mesmo se houver ganho de peso”, diz James Meigs, professor da Universidade Harvard e um dos autores do estudo.