Últimos artigos
Você já teve problema na utilização de Palito de fósforo? 21/05/2012
Tv a cabo, telefonia, banda larga: Pesquise preços e reduza os gastos mensais 21/05/2012
Juros do cheque especial recuou, diz Procon-SP 21/05/2012
Universidades federais entram em greve a partir desta quinta-feira 21/05/2012
Planos de saúde podem ter que cobrir quimioterapia oral em casa 21/05/2012
Acesso à informação: Anvisa está mais transparente 21/05/2012
Yamaha, BMW e Honda anunciam recall 21/05/2012
Ibama publica IN sobre transporte de produtos perigosos 21/05/2012
Conta de luz virão mais baratas a partir de maio 21/05/2012
Programa do MEC para alfabetizar alunos até os 8 anos vai investir na formação de professores 21/05/2012
O Greenpeace lançou hoje em Manaus (22) a campanha do Desmatamento Zero, lei de iniciativa popular de proteção das florestas nativas, como reação à votação do novo Código Florestal no Congresso. O lançamento foi feito a bordo do barco Rainbown Warrior, atracado no porto de Manaus, onde inicia uma viagem até o Rio de Janeiro, prevista para terminar em julho. Entenda a polêmica sobre o novo Código Florestal.
A ideia é criar uma lei de iniciativa popular até 2014 sobre a proteção das florestas nativas, proibindo a supressão de florestas nativas em todo o território nacional. A lei de iniciativa popular segue a premissa de que precisa da assinatura de 1% dos eleitores para que o congresso deva votar. Para isto a ONG pretende se associar com associações populares, religiosas e usar seus voluntários para coletar um milhão e quatrocentas assinaturas.
“O Brasil é a sexta maior economia do mundo e se tornou a sexta maior economia vendo a queda do desmatamento. Isto é um exemplo claro de que não é preciso destruir a floresta para se tornar uma economia forte”, disse Kumi Naidoo, diretor mundial do Greenpeace, presente em Manaus. Naidoo lembrou, no entanto, que a “triste realidade” é que mesmo com a redução do desmatamento o Brasil, ele continua sendo o segundo maior destruidor de florestas, logo depois da Indonésia. “As mudanças do código florestal brasileiro estão relacionadas a crimes e criminosos do passado. A lei de desmatamento zero está relacionada ao futuro”, disse.
De acordo com a ONG, esta lei do Desmatamento Zero não se aplicaria em questões de segurança nacional, defesa civil e pesquisa. Teria também como exceção imóveis rurais de agricultura familiar por 5 anos e obrigaria o estado a prover políticas publicas tecnológica para o desenvolvimento do imóvel rural. Terras indígenas e populações tradicionais, de acordo com o projeto de lei, continuariam sendo regidos pela legislação especifica de hoje.
“Há um divórcio entre a opinião pública e os representantes do povo. Queremos fazer uma lei de iniciativa popular que seja votada no Congresso. A gente quer preservar as florestas tropicais do mundo. Queremos replicar para outros países”, disse o diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adario.
Nadoo aproveitou a cerimônia para cobrar um posicionamento diferente da presidenta Dilma. De acordo com o diretor do Greenpeace, a presidenta tem uma oportunidade única para mostrar ao mundo que o Brasil está comprometido em acabar com destruição florestal.
“Eu gostaria de sair um pouco do meu papel de líder do Greenpeace e fazer um apelo a presidente Dilma como um africano. Os povos da África são claramente os menos responsáveis da mudança climática, mas nós estamos sendo os primeiros a pagar o preço das mudanças climáticas com milhares de vítimas . A escolha da presidente Dilma é simplesmente essa: permitir lucros de curto prazo para pouca gente, ou escolher tomar medidas de sustentabilidade que beneficiam o povo brasileiro no longo prazo”, disse.