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O Bom Dia teve acesso a um levantamento feito por médicos que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva. Esse mapa pode ajudar na hora de distribuir os recursos e está agora na internet.
O empresário Júlio Reinoso conhece bem a rotina de uma UTI. Ficou 20 dias internado por causa de uma infecção no intestino: “Precisei de recursos e tive na hora. Isso é que me salvou”.
Para a UTI são levados pacientes em pós-operatório, quando submetidos a uma cirurgia de grande porte e pessoas que correm risco de morte e precisam de monitoramento contínuo. Por isso também os funcionários de uma Unidade de Terapia Intensiva necessitam de treinamento específico. Não bastam apenas aparelhos, é preciso ter mão-de-obra qualificada.
A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) fez um censo das UTIs públicas e particulares onde trabalham médicos credenciados.
Foram mapeados 25.367 leitos em mais de duas mil unidades de saúde. A pesquisa mostrou que quase 54% dos leitos estão concentrados na Região Sudeste do país. Número bem maior do que os registrados pelo estudo no Sul e no Nordeste. Segundo a Amib, o Centro-Oeste tem apenas 7,6% do total de leitos. O Norte, 5%.
Na Região Norte, onde mora Everaldo Pontes, no distrito de Icoaraci, o único hospital público não tem UTI. Por isso, a mãe dele - que sofreu um derrame - teve que ser transferida para Belém. E não resistiu.
“No caminho de lá para cá ela sofreu uma parada cardíaca. Essa distância de Icoaraci complicou tudo”, lamenta o auxiliar contábil Everaldo Pontes.
O Ministério da Saúde informou que o número de leitos é proporcional à população de cada região e que hoje apenas três estados - Maranhão, Acre e Roraima - não têm o número mínimo recomendado de vagas.
“O ministério tem feito um esforço. Somente em 2010, 1,8 mil leitos serão qualificados em todo o país”, aponta o secretário do Ministério da Saúde Alberto Beltrame.
O censo da Amib foi feito no ano passado e pode ser útil no futuro.
“É importante esse tipo de informação porque começa a tentar nos dizer pensando em Brasil, e não só em regiões aonde talvez nós devêssemos investir mais com mais recursos humanos e recursos tecnológicos para tentar criar um equilíbrio maior dentro das regiões”, diz Moyzes Damasceno, da Amib.