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Fonte: O Estado de S. Paulo - Online 20/7/2010
Texto enviado ao JurisWay em 20/07/2010.
Idosos que comem peixes gordurosos pelo menos uma vez por semana podem ter menor risco de perda severa da visão provocada por degeneração macular relacionada à idade (DMRI), sugere um novo estudo.
Os resultados, relatados na revista Ophthalmology, não provam que consumir peixe diminua o risco de desenvolver estágios avançados de degeneração macular ligada à velhice.
Mas o estudo comprova evidências de estudos anteriores que mostram que os consumidores de peixes tendem a ter taxas mais baixas do problema que pessoas que raramente comem esse tipo de carne.
Os pesquisadores também apoiam a teoria de que os ácidos graxos ômega 3 - encontrados em maior quantidade nos peixes 'gordos', como salmão, cavala e atum branco - podem afetar o desenvolvimento ou a progressão da DMRI.
A doença é causada pelo crescimento anormal dos vasos sanguíneos atrás da retina ou por uma avaria nas células sensíveis dentro da retina, o que pode causar deficiência visual grave. A DMRI é a principal causa de cegueira em idosos.
Ainda não há cura para a doença, mas certos tratamentos podem prevenir ou retardar a perda visual grave.
Um teste clínico do governo americano descobriu que uma combinação específica de alta dose de antioxidantes - vitaminas C e E, betacaroteno e zinco - pode retardar a progressão da DMRI em fase intermediária. Atualmente, os médicos têm prescrito essa dieta para os pacientes.
Se peixe ou suplementos como ômega 3 podem parar a progressão da degeneração macular ainda não está claro. Mas um teste nos EUA está avaliando se adicionar óleo de peixe e antioxidantes luteína e zeaxantina à dieta original pode trazer benefícios adicionais.
Para o estudo atual, Bonnielin K. Swenor e colegas da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, analisaram dados de 2.520 adultos com idades entre 65 e 84 anos que se submeteram a exames oftalmológicos e preencheram questionários detalhados sobre a dieta que mantêm.
Quinze por cento apresentavam estágio inicial ou intermediário de DMRI, enquanto pouco menos de 3% estavam em estágio avançado da doença.
A equipe de Bonnielin não encontrou relação clara entre o consumo de peixe dos participantes e os risco da doença. No entanto, havia uma ligação entre a maior ingestão de peixes ricos em ômega 3 e as chances de DMRI avançada.
Os participantes do estudo que consumiam uma ou mais porções desses peixes por semana eram 60% menos propensos a ter degeneração macular avançada do que aqueles que ingeriam, em média, menos de uma porção por semana.
Fatores como sexo, raça e hábitos como tabagismo também foram levados em conta. Mulheres parecem ter maior risco de DMRI que os homens, enquanto os brancos têm maior probabilidade que os afroamericanos; assim como fumantes em relação aos não-fumantes.
Ainda assim, os resultados não provam que os peixes ricos em ômega 3 concedem esse benefício.
"Embora a pesquisa atual indique que uma dieta rica em ácidos graxos ômega-3 pode reduzir o risco de DMRI tardia em alguns pacientes, novas pesquisas ainda são necessárias", disse Bonnielin por e-mail.
Ela salientou que esse estudo foi "transversal", o que significa que os participantes foram avaliados em um determinado período, em vez de serem acompanhados por um longo tempo, para ver se os consumidores de peixe eram menos propensos a desenvolver DMRI. Portanto, não é claro se os hábitos alimentares precederam o desenvolvimento da doença ocular.
O estudo também contou com a memória das pessoas para recordar e relatar seus hábitos alimentares, método que está sujeito a erro.
Também não está claro, disse Bonnielin, por que o maior consumo de peixes ricos em ômega 3 estaria relacionado a um menor risco de DMRI avançada, mas não em estágios mais iniciais.
Por enquanto, ela sugere que pessoas com a doença discutam suas "opções alimentares" com o oftalmologista.
Em geral, no entanto, comer peixes regularmente é considerado um hábito saudável. A American Heart Association, por exemplo, recomenda que todos os adultos consumam peixe, de preferência variedades gordurosas, pelo menos duas vezes por semana, para potenciais benefícios à saúde do coração.