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RJ: Escolas de samba têm novo desafio: gestão sustentável

Fonte: Portal do Jornal O Dia 22/2/2010

Texto enviado ao JurisWay em 22/02/2010.

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Economista diz que o Carnaval das agremiações precisa inovar para ficar mais barato e agredir menos o meio ambiente

Rio - Tecnicamente, o Carnaval chega ao fim hoje, após o desfile das escolas do Rio de Janeiro que se destacaram em 2010. Para os foliões, é hora de “pendurar” a fantasia. Para as agremiações, o momento é de avaliar erros e acertos já de olho em 2011. Esse planejamento, porém, poderia ser muito mais prático, menos caro e, de quebra, ambientalmente correto, se a gestão do material voltado à produção da festa — que consome 80% dos investimentos — tomasse como base padrões de reciclagem e reaproveitamento. Essa é a avaliação da gerente de Desenvolvimento de Economia Criativa do Sebrae-RJ, Heliana Marinho, para quem a maior manifestação popular nacional não é nada sustentável.

“O próximo Carnaval começa no momento do desmonte. E a maior parte dos produtos usados na avenida, tanto nos grupos de acesso quanto no Grupo Especial, não tem condições de ser reaproveitada. Tudo vai para o lixo. No máximo, as fantasias e alegorias são repassadas a escolas menores”, diz a consultora.

Heliana aponta a precária organização dos estoques nos barracões como uma das razões que levam a perdas: “Se você for aos depósitos, vai ver que não existe processo de gestão de produção e pós-produção”. Isopores, paetês, miçangas, madeiras, plásticos, tecidos e outros itens são descartados praticamente em sua totalidade após a passagem pela Marquês de Sapucaí.

Outro fator que impede a evolução do Carnaval até um estágio mais eficiente de políticas ambiental e econômica é a falta de fornecedores. Escolas fazem compras quase sempre em cima da hora e no mesmo período. “Quando algum artigo falta no mercado, há quebra no processo produtivo”, explica Heliana, o que torna impossível escolher insumos segundo critérios de baixo custo e impacto ambiental.

O Carnaval de rua não fica de fora. Milhões de latinhas, garrafas plásticas e papéis são deixados pelo caminho por foliões. “A maior parte não chega aos catadores, classe ainda muito desorganizada”, lembra a economista. Isso depende de incentivos dos governos e da sociedade civil. “Houve grande preocupação com civilidade, muito se falou de banheiros químicos. Mas a festa não se resume a isso”. Para Heliana, a indústria do Carnaval tem que se abrir ao novo. Mas não só na concepção visual dos desfiles.

Quando a fantasia vira souvenir

Destaque da coluna ‘Informe do Dia’ na última quinta-feira, o ajudante de obras José da Silva é exemplo solitário de que as fantasias que encantam o público no Sambódromo podem ter inúmeros destinos, ainda que a “reutilidade” seja decorar a casa de alguém fora da cidade. José faz plantão nas proximidades da Sapucaí e recolhe restos de figurinos para vender. Um estrangeiro já pagou R$ 50 por uma só peça. Economia criativa.




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