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Platão estabelece uma hierarquia das idéias e o lugar surpremo está reservado ao bem, de todas as idéias é a mais valiosa, por isso das ciências a mais nobre a ser ensinada, pois dela dependerão todas as virtudes num idealismo moral intenso e justo
Texto enviado ao JurisWay em 31/03/2014.
INTRODUÇÃO
Dentre todos os acontecimentos trágicos vivenciados nos jornais do nosso cotidiano, como homicídios bárbáries de vários tipos, assaltos, pessoas com envolvimento em drogas, entre outros, surge um questionamento: Onde estamos errando? como a sociedade pode resolver esses problemas? Qual a importância da política nesse contexto?
No meio de tanta insegurança e dúvida o cidadão se encontra perdido entre o certo, o bem e o mau, e assim a cociedade caminha sem saber onde encontrará a luz da verdade. O que se discute nesse artigo é exatamente isso, a necessidade do "ressurgimento" da ética no meio social.
Discursos sobre ética não faltam, mas as atitudes não caminham juntas com esses discursos, principalmente no meio político. As pessoas começaram a perder a esperança na palavra ética, usada constantemente no tempo atual, mas sem demonstrações de resultados, o que banalizou o termo ético no Brasil, como também, justiça, liberdade, igualdade, solidariedade e direitos humanos. Com a descrença do brasileiro nos termos citados, surge a desconfiança, o que acaba causando um incômodo. E há quem chegue a exprimir desconforto físico ao ouvir a palabra ética.
Uma desconfiança que se reflete nos dias de hoje nos termos de segurança quando as pessoas em suas resid~encias colocam câmaras, cerca elétrica. Nas empresas com crachá, e quando dentro da própria não pode entrar em outro setor. A partir do momento que tudo passa a ser monitorado para garantir a segurança, que na verdade é a representação do medo, observamos o quanto a moral está desvalorizada. Pois, antigamente nas escolas os alunos respeitavam os professores porque eram os ensinamentos que recebiam no seu cinho familiar e não se achava necessário câmeras em sala de aula. E hioje está se fazendo necessário para monitorar o comportamento e o coibir a cometer qualquer atirude contra a ética social. E por tudo isso faz necessário reconhecer a ÉTICA, em toda a sua compreensão. A humanidade vem caminhando para a perda dos valores morais. O que torna não mais a questão de sensatez e sem de sobrevivência. Pois, o que favorece reconhecer a dignidade da pessoa, previsto como princípio fundamental da República, se a conduta pessoal não se pauta por ela. A derrocada dos valores fez surgir sequelas gravíssimas. O terror na sociedade se alastra com fam´lias atingidas pelas drogas dentro dos seua lares, e os destruindo. Os conflitos fundiários se intensificam. A intolerância ataca minorias e o fanatismo ocupa o vazio fabricado por uma educação em crescente déficit.
O Poder Público mostra-se ineficiente na sua atuação em todos os setores da vida do cidadão. As famílias já não estão sendo capazes de propagarem a transmissão dos valores cidadãos e acabam passando para as escolas essa obrigação que a família deixou de realizar, no entqanto, nas escolas também não conseguem ter esse controle. A religião com simpatizantes sem nenhum compromisso com a crença. O que alastra a falta de esperança das pessoas. A car~encia ética permeia uma sociedade cada vez mais egoísta, materialista e consumista.
E dentre, tudo isso surge a importância que toda pessoa exerça a sua responsabilidade indivicual, cidadã e social. E esse é o papel da ética atualmente.
ÉTICA
Há quem não distinga ética de moral. No entanto, a palavra ética vem do grego e significa costumes e a palavra moram vem do latim com o mesmo significado. O que não deixa de ser importante a conceituação dos dois. A ética é a ciência dos costumes, já a moral é o objketo da ciência. E, como ciência a ética procura extrair dos fatos morais os princípios gerais a eles aplicáveis, ou seja, a ética veste um conteúdo mais teórico que a moral.
O conteúdo da ética mostra os valore e princípios que norteiam a existência das pessoas. Ela aprimora e desenvolve o sentido moram do comportamento, além de influenciar a conduta huimana. Assim, co complexo de normas éticas se alicerça em valore, normalmente designados de valores do bom. Toda norma descreve o que é bom (certo) e o que é mau (errado). Todo juízo normativo é regra de conduta, mas nem toda regra de conduta, mas nem toda regra de conduta é uma norma, pois algumas regras de conduta tem caráter obrigatório, enquanto outras são facultativas. No entanto, é da essência da norma a possibilidade de sua violação.
A moral é a formação do caráter individual. É aquilo que leva as pessoas a enfrentar a vida com um estado de ânimo capaz de enfrentar as revezes da existência.É algo que nos faz sentir bem após a realização de alguma atitude. É o que define o que é moral e não é moral é a consciência humana, a consciência moral.
Os valores morais estão dentre a subjetividade humana, que desencadeia ao decorrer da sua viv~encia, como, as decepções, as emoções, os aprendizados, tudo que passa a caracterizar a personalidade. O fruto da criação subjetiva é amoral e a norma moral é o convencionalismo.
A moral é algo individual, surge de acordo com os preceitos que se vive e que se julga ser bom. Pois, os valore não se criam nem se transformam, se descobrem ou se ignoram. Uma das missões da ética consiste precisamente em afinar no homem o órgão moral que torna passível tal descobrimento.
MoraL e Ética tem haver com limitação da liberdade, costumamos achar que a moral é impedimento a fazer o que desejamos. A utilização desse conceito sobre a Moral é completamente equivocado. Em outras palavras a moral nada mais é do que o esforço que fazemos o tempo inteiro para escolher o melhor caminho para nossa vida justamente quando temos liberdade para isso, porque quando não ha liberdade de escolha não há Moral. A Moral é o pensamento livre sobre a vida, é o esforço intelectual que fazemos para escolher o melhor caminho e jogar fora outros caminhos que não nos interessam.
Enquanto na Moral você escolhe o que faz, a que caminho seguir, e ao escolher ignora tantos outros. A Ética é um esforço que fazemos para conviver, o que a fez ter uma dimensão coletiva. Já a moral é individual. Nos dois casos a liberdade é fundamental.
Você só moralioza quando dá ao outro a oportunidade de soberania da decisão. O papel moralizador é ensinar para os filhos porque é necessário algo para que possa ele moralmente decidir.
A Ética tem que atingir uma universalidade, superar os interesses pessoais e colaborar para que os interesses alheios também sejam considerados, ou seja, atuar de forma a atenuar os interesses dos afetados pela conduta pessoal. É de suma importância a participação da juventude atual o interesse da Ética para que os valores se acentuem e a humanidade não continue no seu declínio universal.
A ÉTICA PLATÔNICA
Platão (427-437 a.C.) filósofo ateniense desenvolveu a teoria das idéias. Uma concepção de que o mundo é inteligível quando ele é imubntável, ou seja, a idéia de que fazemos das coisas, o ideal as sombras sobre as idéias. Por exemplo, sabemos o que uma árvore independente de sua forma somente pela idéia de árvore que possuímos. A outra concepção é a do mundo sensível que é o reino mutável, relativo, ou seja, o mundo material que tocamos.
No livro República, Platão explica a moral em um momento do livro, em que Platão conta a história de um pastor chamado Gyges que encontra por acaso uma caverna onde jaz um cadáver que usava e de posse dele se tronara invisível, e ao perceber isso comete as piores atrocidades, como matar o rei, seduzir a rainha e assim por diante. O que podemos concluir é que a moral é aquilo que você faria mesmo que não fosse invisível. E o que a pessoa faria semente se fosse invisível e na sua forma de invisibilidade é prud\~encia, medo de fazer na frente dos outros. E Moral é exatamente que mesmo que ninguém vê-lo você não faria, portanto não adianta fiscalizar nada muda na Moral.
Para explicar melhor sua teoria, ele conta o mito da caverna, no livro VII. Uma caverna reinava escuridão mal conseguia prevalecer um pouco de luz, onde todos homens estão acorrentados desde a infância, de tal forma que só enxergavam numa parece no fundo sobras. Do lado de fora prevalência a luz. A escuridão metaforicamente é a ignorancia e a luz o justo. Após um deles conseguir se soltar das correntes e sair para ver a luz e contemplar os verdadeiros objetos, ele sai da ignorância, e ao voltar para contar das descobertas e soltar os demais na caverna não foi recebido, e dito como louco. E, assim preferiram permanecer na ignorância.
Para Platão o bem é em primeiro lugar a finalidade ou alvo da vida, a idéia mais valiosa, pois ele dependerá de todas as demais virtudes. Se não tivermos o bem nada possuimos. Em segundo lugar é a condição do conhecimentop, recordar o que já se sabia, o que tona o mundo inteligível e o espírito inteligente e o terceiro e mais importante é a causa criadora que sustenta todo o mundo e tudo o que econtém aquilo que dá a tudo o mais a sua própria existência.
A razão é o olhar intelectual que guiará o homem até a descoberta do conhecimento, se usava de forma correta. Poratnto, a humanidade precisa ir em busca da luz da verdade e do bem.
CONCLUSÃO
A Ética encontrada em Platão tras a discurssão de qual o ideal de justiça, do bem da vida e sociedade, o ideal de cidade. A idéia plat|ônica é da separação do mundo em dois: material, sensível, imperfeito. E o mundo das perfeições, da forma, das idéias, das coisas puras. E a perfeição só é encontrada no momento em que se filosofa, que sai da escuridão, em busca do conhecimento, da luz, da verdade. E para se conquistar esse conhecimento tem que ter ciência que nada se sabe, e assim sair do mundo imperfeito para o mundo perfeito. Sai da aparência para a realidade. Apontamentos que ficam claros com a alegora da caverna presente em sua obra A República.
A Ética está presente em busca do grande valsor da vida, na condução da prática do bem pelo homem, e esse depende de todas as virtudes e valores que a pessoa viveu e aprendeu. E cabe a pessoa querer ver com o olhar da razão, enxergar além dos que estão ao seu redor e dessa forma encontrar a felicidade tão almejada pela humanidade.
Hoje eatmos em busca da cidade perfeita, mas ao invés de utilizarmos a ética para o bom convívio estamos com medo da pópria humanidade, do que até onde o home é capaz de chegar. desde que o homem descobriu cada vez mais o seu poder racional e o desenvolveu no meio científico tentam uns dominar os outros. Surge assim a perda da moral, onde como foi dito se a pessoa é capaz de fazer algo que ninguem tenha como descobri que foi ela, essa pessoa não tem moral.
O exercício do Direito está dentro da ética platônica pois esse não usa do poder coercitivo e só do cunho ético brasileiro que atualmente é a sua Carta Constitucional de 1988, onde preza pela dignidade humana e coloca o homem como o seu principal bem.
Um bom exemplo da Ética Platônica é ainstituição universitária que tem como seu objetivo trazer o conhecimento para seus acadêmicos. E, nos acadêmicos de \Direito estudamos além das leis outras disciplinas interdisciplinares de sociologia, política, fislosofia, entre outros, dessa forma ampliando o nosso conhecimento com o objetivo do crescimento para a "luz".
BIBLIOGRAFIA
NALINI, José Renato. Ética Geral e Profissional. São Paulo: Revista dos Tribunais
PLATÃO, A República. São Paulo: Nova Cultural, 2004.
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