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 Sala dos Doutrinadores - Opinião
Autoria:

Fábio Carlos Rodrigues Alves
FÁBIO CARLOS RODRIGUES ALVES Escritório Av. Feijó, n.582, Sala 02. Centro. CEP: 14801-140. Araraquara, São Paulo. Fone: (16) 3335-3350; (16) 99600-8092. jus.fabiocarlos@ig.com.br ADVOGADO OAB/SP 316450 Mestre. UNIARA. CÍVEL - TRABALHISTA - PREVIDENCIÁRIO - FAMÍLIA E SUCESSÕES - CONSUMIDOR - CONTRATOS - INDENIZAÇÕES - AMBIENTAL - EMPRESARIAL - REVISÃO DE CONTRATOS - INVENTÁRIO - AÇÕES DE ALIMENTOS - DIVÓRCIO - REVISÃO DO FGTS - APOSENTADORIAS E BENEFÍCIOS

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O Informante

O Informante

Texto enviado ao JurisWay em 21/02/2013.

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O Informante

Al Pacino e Russel Crowe estrelam o filme “O Informante”, de Michael Mann. Esse filme conta a história de um alto executivo pesquisador da indústria tabagista norte-americana, que após desligar-se de sua empresa entra em um dilema pessoal. Contar ou não, ao povo norte-americano, as modificações que a indústria tabagista vinha realizando nos teores de nicotina, sem o devido conhecimento dos consumidores. Questão de saúde pública.

Contudo o executivo estava proibido de anunciar publicamente as pesquisas que vinham sendo feitas na empresa. Essa proibição estava amparada em um acordo de sigilo que o executivo havia assinado. Assim estamos diante de uma questão controversa: um acordo de sigilo é capaz de sobrepor-se ao direito supremo do consumidor receber todas as informações sobre determinado produto que consome?

Os mais apressados poderão dizer que o cigarro causa mal à saúde de qualquer forma. Contudo é direito de quem fuma saber o que está consumindo. O cerne da questão é o direito à informação clara e precisa de uma forma célere. Direito assegurado por nossa Constituição. Nós como consumidores não podemos ficar alheios às modificações realizadas nos diferentes produtos que consumimos.

Atualmente a pesquisa sobre modificações genéticas vem crescendo significativamente. A ponto de alguns laboratórios já estarem patenteando “seres vivos”, sob a forma de conhecimento de seu código genético ou seqüência genética. O cidadão comum, leigo da leitura da ciência, está ciente de tais pesquisas? As modificações genéticas realizadas em alguns produtos, como a soja e o milho, estão sendo passadas aos consumidores?

Nesse ponto estamos diante de interesses econômicos de grande escala. As grandes empresas, conhecidas como multinacionais ou corporações, esforçam-se para passar ao consumidor que está adquirindo um produto seguro, que não lhe trará danos à saúde, nem imediatamente e tampouco ao passar dos anos.

Dessa forma cabe uma indagação: até que ponto somos manipulados na escolha dos produtos que consumimos? Por manipulados leia-se: a omissão de informações e a distorção de informações. A publicidade e o marketing desses produtos são fiéis à destinação esperada do produto? Ao abrir uma garrafa de refrigerante ficamos mais felizes mesmo?

O sistema capitalista predomina no mundo todo, mesmo nações historicamente fechadas, como Cuba, Rússia, China, estão abrindo seus mercados, pois a maioria dos economistas aponta que mercado aberto é sinal de desenvolvimento. O movimento capitalista, que como um camaleão, vai se moldando e sobrevivendo as diversas crises por quais passa, nos tornou consumidores excessivamente consumistas, isso sem dizer de nosso individualismo extremo.

Em que pese o caráter de ficção atribuído ao filme Os Informantes, é de conhecimento público a polêmica em que a Monsanto entrou no mercado norte-americano. Essa corporação fabrica um produto que segundo ela auxilia no aumento da produtividade do leite, ou seja, a vaquinha passa a dar mais litros de leite a cada ordenha. Os fazendeiros criadores de leite gostaram da idéia, a Monsanto criou um marketing enorme sobre seu produto, e o consumidor, bom o consumidor de leite norte-americano nem conhecia a questão. Para o consumidor o que importa é o leite na caixinha durante seu café da manhã.

Contudo uma rede de TV norte-americana, a Fox News, por sua base jornalística, como bons investigadores, descobriu que esse produto aplicado nas vaquinhas com o fim de aumentar a produtividade do leite, estava levando mais doenças aos animais. Inclusive a Mastite, que é uma inflamação no úbere do animal. Essa inflamação dolorosa gera pus no local e esse fluído corpóreo se mistura ao leite, aumentando a quantidade de bactérias no leite, e tal leite sendo consumido pelos norte-americanos sem o menor conhecimento dos fatos.

Pois bem, a TV norte-americana criou um documentário em que exibia diversos depoimentos de pesquisadores alertando a população sobre os efeitos maléficos da utilização do produto fabricado pela Monsanto, uma espécie de hormônio, e que aumentaria a produtividade do leite. Acusava a Monsanto de ter omitido dados tão importantes da saúde pública, aos cidadãos norte-americanos. A reportagem traria prejuízos sem precedentes à Monsanto.

Entretanto as corporações se utilizam de todos os recursos disponíveis para assegurar o lucro e não arranhar sua imagem. Assim a área corporativa da TV norte-americana, influenciada pela investida da Monsanto, não concordou com a área de reportagens da TV, e proibiu a transmissão da reportagem. Na realidade a Monsanto ameaçou processar, em alguns milhões de dólares, a TV e esta por sua vez sentiu-se intimidada, chegando ao ponto de ferir o princípio da publicidade e proibir a transmissão da reportagem na íntegra.

Temos que ter uma visão mais crítica com relação às informações que recebemos. O que assistimos diariamente nos jornais é suficiente para formarmos nossa opinião em relação aos assuntos mais importantes que nos cerca? Será que as reportagens que assistimos já não estão filtradas com base em interesses econômicos e políticos?

Na formação do Império Romano, muitas pessoas deixaram o campo, pois lá havia os escravos trabalhando, e vieram para a cidade. Contudo não havia emprego para todos e isso poderia levar à revoltas, e o povo indignado não é bom para a expansão do Império. O imperador criou então a política do Pão e Circo, que basicamente era proporcionar diversão e alimentação aos cidadãos. Assim surgiram as lutas entre os gladiadores nos estádios, com a distribuição de alimentação. Dessa forma o povo tinha diversão e comida e esquecia-se dos problemas do cotidiano, diminuindo a chance de revoltas, pois o povo não pensava, estava alienado. Será que atualmente estamos tão distantes da Política do Pão e Circo?

Acredito que somente com investimento em educação de qualidade, pública e privada, valorização dos profissionais que atuam na educação, investimento e promoção da cultura em suas mais variadas formas, em um incessante processo de crescimento educacional, cultural, levarão a uma melhoria do senso crítico, acentuando e aguçando a visão dos brasileiros em relação às informações que recebe e manipula diariamente.

Importante:
1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br, e a autoria (Fábio Carlos Rodrigues Alves).
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