Débitos não autorizados ainda lideram queixas contra bancos, mostra BC

Por: Camila F. de Mendonça

SÃO PAULO – Débitos não autorizados continuam sendo os principais motivos das reclamações contra bancos, divulgadas pelo Banco Central na terça-feira (16). Em outubro, das 923 reclamações procedentes contra todos os bancos do País, 120 eram sobre essa operação, que representou 13% do total.

Do total referente a esse tipo de reclamação, 44 foram contra o Banco do Brasil e 28 contra o Santander. Em seguida, estão o Bradesco, com 17 reclamações sobre débitos não autorizados, o Itaú, com 15 queixas, a Caixa Econômica Federal, com 12 reclamações desse tipo, e o HSBC, com duas reclamações.

O Citibank e o Banrisul empataram com uma reclamação procedente sobre débitos não autorizados registrada em outubro.

Em setembro, débitos não autorizados também estavam em primeiro lugar do ranking, com 114 queixas, 11,8% do total de 966 reclamações procedentes de todos os bancos daquele mês.

Outras reclamações
Já a reclamação com o segundo maior número de incidência foi a que se refere à Circular 3289, que trata de esclarecimentos incompletos ou incorretos, com 91 ocorrências – ou 9,86% do total.

Neste caso, as instituições que mais tiveram reclamações desse tipo foram BMG, com 37 reclamações, Banco do Brasil (14), Itaú (7), Bradesco (6), Banco Panamericano (5), Santander (4), Cruzeiro do Sul (3), Bonsucesso (2), Sofisa (2) e Matone (2).

Os bancos Votorantim, ABC-Brasil, Caixa Econômica Federal, IBI, HSBC, Fibra, Semear, CSF e Société Générale empataram com uma reclamação desse tipo em outubro.

Em terceiro, com 69 reclamações, ficaram as operações não reconhecidas, que representaram 7,47% do total de queixas. Na tabela abaixo é possível verificar as dez principais reclamações de outubro:

Bancos com mais de um milhão de clientes
De acordo com o levantamento, somente o número de reclamações contra os bancos com mais de um milhão de clientes alcançou 680 casos no mês passado. O número, frente a setembro, registrou uma queda de 12,6%, uma vez que naquele mês havia 778 queixas procedentes contra bancos com mais de um milhão de clientes.