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HIV volta a agir em pacientes que tinham sido 'curados' por transplante de medula óssea

Texto enviado ao JurisWay em 11/12/2013.

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HIV volta a agir em pacientes que tinham sido ‘curados’ por transplante de medula óssea
10/12/2013
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Casos de 'cura' tinham sido apresentados na Conferência Internacional de Aids, em Kuala Lumpur, Malaysia, realizada em julho deste ano
Foto: Lai Seng Sin / AP
Boston (EUA) - Dois pacientes que aparentemente estavam curados do HIV e de um câncer através de um transplante de medula óssea tiveram uma má notícia: o vírus voltou a se manifestar, segundo os pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital, em Boston.
 
Ambos sofriam de linfoma, um tipo de câncer do sistema linfático com grande risco de ocorrência entre pacientes com o HIV. O transplante era indicado no tratamento do câncer e, segundo os cientistas, poderia ser também uma arma contra a Aids. O método, entretanto, só poderia ser aplicado em casos de pacientes tanto com HIV como com linfoma, pois o risco de morte durante a operação é muito alto. Inclusive, um terceiro voluntário morreu durante o estudo.

Mesmo assim, os pesquisadores acreditavam que o mecanismo de ação das células da medula poderiam funcionar também contra o vírus. Ou seja, a batalha do “enxerto contra o hospedeiro” - quando as células do doador (o enxerto) reagem contra o organismo do paciente (o hospedeiro) - poderia se tornar uma arma potente pelo menos nestes casos.
Em julho, quando os dois casos foram apresentados na Conferência Internacional de Aids, na Malásia, foi sugerido que eles eram similares ao de Timothy Ray Brown, o famoso “paciente de Berlim”, que está livre do HIV desde 2008, quando também realizou um transplante de medula óssea de um doador com uma rara mutação, chamada delta 32, que garantia resistência ao vírus. Alguns especialistas consideram-no como o primeiro paciente curado do HIV. No caso dos pacientes de Boston, os doadores não tinham esta mutação, além disso, o transplante foi parcial, e não total como o de Brown.

Fracasso não é surpreendente

O ressurgimento do vírus nos dois pacientes “é decepcionante, mas cientificamente significante”, afirmou num comunicado Timothy Henrich, médico que acompanhou os dois pacientes. Ambos retornaram aos antirretrovirais, mas “estão com boa saúde”, acrescentou. "Nós demonstramos que o HIV pode ser reduzido a níveis indetectáveis até por testes muito sensíveis, mas o vírus persiste".

"Por meio desta pesquisa, nós descobrimos que o reservatório de HIV é mais profundo e mais persistente do que conhecíamos, e nossos padrões para sondagem do vírus não deve ser suficiente para nos informar se a longo prazo a remissão do HIV é possível", disse Henrich.

Daniel K. Kuritzkes, outro pesquisador do Brigham and Women's Hospital, afirmou à CNN que os casos demonstram que o vírus persiste mesmo quando não há evidências dele no sangue.
 
- Precisamos desenvolver mais e melhores ferramentas para detectar o vírus, além de continuarmos a buscar novas estratégias para a erradicação do HIV - afirmou. - Nossos resultados mostram que o sistema imune pode ter um grande papel na redução do reservatório do vírus, mas não é capaz de fazer o trabalho sozinho. É provável que a combinação de drogas e terapias imunológicas que atinjam o reservatório sejam necessárias para estabelecer uma remissão de longo prazo da infecção do HIV.

Pesquisador de Aids pela Universidade da Califórnia, Steven Deeks, afirmou ao “New York Times” que os resultados foram “decepcionantes, mas não inesperados”. Os casos demonstravam que o vírus pode se esconder tão profundamente no corpo que ele não pode ser detectado pelo mais sofisticado trabalho de laboratório.

Já o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, disse ao jornal americano que o fracasso “não coloca um fim nesta linha de pesquisa, mas certamente põe um freio sobre ela”. Segundo ele, aparentemente, ou algumas células antigas sobreviveram ou elas infectaram oturas novas antes de morrer.
- Isto nos diz com certeza que não será fácil (a luta contra a aids) - comentou.

Pacientes em remissão, mas não curados

Os dois homens de Boston continuarão a ser monitorados e terão seus níveis de HIV medidos como parte de um novo estudo sobre o reinício do antirretroviral após a volta do vírus. Eles já tinham o HIV quando desenvolveram o linfoma e, por isso, tomavam há anos o coquetel contra a Aids.

Eles continuaram a tomá-lo enquanto suas medulas ósseas foram enfraquecidas com o uso de quimioterapia. Henrich acreditava que as novas células sanguíneas da medula poderiam achar e matar as antigas, que estavam tanto infectadas pelo vírus quanto com o câncer. Os antirretrovirais poderiam, segundo o médico, proteger as novas células contra o HIV. Meses depois, o vírus não era mais encontrado no organismo, e aí foi quando eles deixaram de tomar o medicamento.

Em julho, Henrich anunciou que um deles estava sem o coquetel há sete semanas e o outro, há 15. Ambos estavam sem o vírus, embora ele geralmente retorne um mês depois da interrupção do antirretroviral. Naquele período, Henrich e outros pesquisadores se referiram aos homens como em remissão, mas não curados. O médico já alertava que o vírus “poderia retornar em uma semana, ou em seis meses”.

Na sexta-feira, Henrich afirmou que o HIV voltou a se manifestar em um dos homens em agosto, 12 semanas depois da interrupção do coquetel, enquanto que o outro voltou a apresentar o vírus no mês passado, 32 semanais depois.

Bebê ainda sem sinais do vírus
No início do ano, pesquisadores anunciaram que um bebê soropositivo do Mississipi, nos Estados Unidos, estaria livre da Aids. Nascida de parto normal, a menina foi infectada pela mãe, que não tinha consciência da doença. Ela começou a ser medicada com antirretrovirais 30 horas após o nascimento, em 2010, e seguiu tomando os remédios até os 18 meses de idade. Em outubro, foi divulgado novo relatório apontando que ela seguia livre do HIV, mesmo tendo interrompido o uso do coquetel.

- Enquanto o transplante de células não é uma opção viável para pessoas com HIV em escala ampla devido a seus custos e complexidade, este novo caso poderia abrir novas perspectivas para tratar e até erradicar o HIV - comentou à CNN Kevin Robert Frost, o Ceo da Fundação para Pesquisa da Aids, que financiou esse estudo.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/hiv-volta-agir-em-pacientes-que-tinham-sido-curados-por-transplante-de-medula-ossea-11012049#ixzz2n4uArqxf
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Fonte: O Globo - Online
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