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Texto enviado ao JurisWay em 20/08/2013.
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Dinheiro na mão aumenta o poder de negociação e pode provocar até mesmo um desconto de 20% na compra de um imóvel em São Paulo, de acordo com a Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros).
O engenheiro civil Flávio Braga é um exemplo desta situação. Ele conseguiu um abatimento de R$ 160 mil na compra de um apartamento de dois dormitórios no Itaim Bibi, bairro nobre da capital paulista.
O desconto de 17,7% foi feito após cerca de quatro meses de negociação. A compra foi realizada em fevereiro deste ano.
Braga acredita que o fato de ter comprado o imóvel à vista resultou em vantagem. O preço do apartamento em um prédio de 30 anos e com 87 m² foi reduzido de R$ 900 mil para R$ 740 mil.
— Tem que haver uma paciência para se negociar e esforço e dedicação.
Segundo a corretora de imóveis Magali Soutello, que trabalha com o mercado imobiliário há 20 anos, a negociação é mais frequente em imóveis que custam em média R$ 450 mil.
— É uma faixa em que pessoas não estão conseguindo pagar as prestações do financiamento ou precisam ir para um imóvel maior, então [havendo] necessidade, eles negociam o valor porque precisam vender rapidamente.
Em bairros de classe média de São Paulo, casa própria chega a ter desconto de 14,5%. Compare
Magali é diretora comercial da Century 21, imobiliária que atua na região nobre da capital paulista, em bairros como Jardins, Itaim Bibi e Vila Olímpia. No mês de julho, a empresa vendeu um flat com dois dormitórios e uma vaga na Vila Olímpia por R$ 400 mil. O imóvel antes estava sendo anunciado por R$ 430 mil, abatimento de quase 7%. O espaço precisava de reforma e o proprietário estava indo morar nos Estados Unidos.
Na faixa intermediária de R$ 500 mil a R$ 1,2 milhão, a percepção da corretora é de que o abatimento existe, mas é mínimo.
— A pessoa quer mudar e não está desesperada, está morando bem, mas quer morar melhor, realizar um sonho.
No mês passado, um apartamento no Brooklin com três dormitórios e duas vagas na zona sul de São Paulo foi vendido por R$ 771 mil. O imóvel estava sendo anunciado no valor de R$ 800 mil. De acordo com Soutello, o proprietário queria vender rápido e o comprador conseguiu um abatimento de quase 4%.
A situação se inverte completamente quando o apartamento está sendo vendido a partir de R$ 1,5 milhão.
— Normalmente, ele [vendedor] quer pegar esse dinheiro e comprar outro imóvel, mesmo que seja para reformar, mas não pior do que ele tem, um melhor.
Soutello explica que os clientes não baixam o preço dos imóveis mais caros porque não conseguem comprar outro imóvel no mesmo padrão e com o metro quadrado parecido.
— Um cliente pediu R$ 3,5 milhões na mão e foi buscar um imóvel do mesmo tamanho para reformar. O mais barato que ele encontrou foi R$ 4 milhões. Ele passou e-mail: “pedindo para aumentar para R$ 4,5 milhões, reformado”. Ou seja, mesmo que o comprador pague o valor pedido pelo vendedor, ele [vendedor] não está encontrando outro com metro quadrado equivalente.
Imóvel tem que se adequar ao padrão de vida
Independentemente de descontos e bairros, o presidente da Abefin, Reinaldo Domingos, explica que as pessoas devem escolher o imóvel que melhor se adapte ao seu padrão de vida. Para isso, elas precisam saber quanto têm de dinheiro seja para comprar à vista ou a prazo e depois verificar com o corretor de imóveis todas as possibilidades possíveis.
— Se eu tenho um parâmetro de R$ 500 mil e uma pessoa tem renda média familiar de R$ 3.000 ao mês, vai ter muito mais pagamento de prestação do que ganho. Se eu for financiar um valor desse todo, R$ 4.000 a R$ 5.000 por mês [prestação], eu preciso ter certeza de que a prestação cabe no meu orçamento mensal.
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O ideal, segundo ele, é um comprometimento com a prestação de 10% a 20% do orçamento. Além do mais, tem que estar com o orçamento tranquilo e sem dívidas. Pois mesmo que a pessoa ganhe R$ 10 mil por mês, mas esteja com 90% do seu dinheiro destinado a pagar outros débitos, não seria um bom momento para adquirir um imóvel.