Ministério da Justiça recomenda que recalls sejam divulgados nas redes sociais

 

BRASÍLIA - O Grupo de Estudos Permanentes de Acidentes de Consumo (Gepac), coordenado pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon/MJ), anunciou ontem uma recomendação às empresas para que façam suas convocações de recall de forma mais clara e concisa e que utilizem as redes sociais para divulgação desse tipo de chamado.

O objetivo do Gepac é que as empresas utilizem uma linguagem de fácil entendimento, com menos termos técnicos, e que façam uso de todos os meios disponíveis para divulgar os avisos, o que inclui as redes sociais e sites.

— As redes sociais já atingem grande parcela da população, principalmente os jovens. As manifestações dos últimos dias deixaram isso muito claro. E nosso objetivo é orientar as empresas para que usem todos os meios disponíveis para fazer um alerta de recall — afirma Amaury Oliva, diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça.

No rádio e na TV, a locução deve proporcionar o pleno entendimento de todas as informações. Em jornais, revistas e sites, o aviso deve ter destaque e fácil visualização. As empresas que mantêm páginas nas redes sociais, como Facebook e Twitter, deverão usar estes canais para veicular os chamados de recall.

Para ajudar, o Gepac criou um modelo a ser seguido pelas empresas. Entre os itens que devem ser informados ao consumidor estão: qual é o defeito, seus riscos, medidas preventivas, data de início do recall e informações sobre os canais de contato com o fabricante.

— Alguns setores já estão acostumados a fazer recalls e já seguem um padrão. Mas para outros o recall é uma novidade. Muitas empresas nos perguntavam com fazer. E o modelo é importante também para empresas grandes que às vezes usavam linguagem um pouco mais técnica, não tão clara — explica Oliva.

Criado em 2008, o Gepac reúne diversos órgãos para definir e promover procedimentos e estratégias para coibir a venda de produtos ou a prestação de serviços nocivos ou perigosos. O grupo também tem como meta prevenir e reprimir os acidentes de consumo, além de discutir medidas para proteger e preservar a saúde e a segurança do consumidor.

As orientações às empresas foram formalizadas na Recomendação nº 01/2013 do Gepac. O primeiro boletim periódico do grupo traz ainda um resumo dos recalls realizados em maio. Clique aqui (link) para acessar o informe.

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