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Ministério diz que pode faltar vacina por causa de "fura-filas"

Fonte: Portal do Ambiente Brasil 5/5/2010

Texto enviado ao JurisWay em 05/05/2010.

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Pessoas que não fazem parte dos grupos de risco não devem se vacinar pelo sistema público para não superlotá-lo e tirar a chance de quem precisa

Quem está fora dos grupos de risco e toma a vacina contra a gripe A (H1N1), a popular gripe suína, tira a dose de quem realmente precisa. Segundo o Ministério da Saúde, não haverá estoque suficiente se o restante da população quiser se vacinar em massa.

O governo federal adquiriu 113 milhões de vacinas com meta de imunizar ao menos 80% de 91 milhões de pessoas, a um custo de R$ 1,3 bilhão. Ficaram de fora do cronograma de vacinação os adultos acima de 39 anos, jovens até 19 e crianças com menos de seis meses e mais de dois anos.

Não é à toa que esses grupos foram excluídos da vacinação gratuita. Segundo o ministério, estes foram os grupos que menos desenvolveram a forma grave da doença ou apresentaram sintomas mais leves ao adquiri-la, tomando como base a epidemia do ano passado. Em comunicado oficial enviado ao R7, o governo afirma que não há necessidade de pânico por não terem de se vacinar. “As doses que sobram estão voltadas para casos de necessidade extrema, como a volta da epidemia.”

Má fé
– A opinião é reiterada pelo infectologista Celso Granato, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que afirma que a doença atingiu menos essas populações ou apareceu de forma mais branda em 2009. Para o especialista, quem opta pela vacina sem necessidade age de maneira desnecessária e de má fé.

“Cada vez que uma pessoa que não precisa se vacinar burla o sistema, pode estar tirando de quem precisa. Essa vacina é muito cara e a quantidade é limitada, nunca vai ter para todo mundo. Isso é uma conduta antiética.”

Pela estratégia do Ministério da Saúde, serão vacinados gestantes, doentes crônicos, indígenas e trabalhadores de saúde, crianças de seis meses a menores de dois anos, adultos de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos até 21 de maio.

Este critério está baseado no número de mortes pela gripe A no Brasil em 2009. Segundo o ministério, das 2.051 mortes registradas no ano passado por causa da doença, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas, 189 morreram, uma mortalidade 50% maior do que na população em geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% das mortes (416), enquanto adultos de 30 a 39 anos concentraram 22% (454). Crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).

O que fazer sem vacina pública? – Para quem não pode se vacinar pela rede pública há ainda a possibilidade de ser imunizado contra o vírus da gripe A em laboratórios de análises clínicas. A dose custa em média R$ 80 a R$ 85. Para quem não quer ou pode pagar, no entanto, não há motivos para pânico, já que as chances de disseminação do vírus estão cada vez menores, segundo Granato.

“Mesmo que não for vacinado está um pouco protegido porque o vírus não vai conseguir circular do mesmo jeito já que estamos vacinando um número muito maior de pessoas do que o habitual, além da parcela da população que já teve a doença.”

Diante dessa possibilidade, o infectologista ensina que uma boa maneira de evitar a doença é prevenir-se. Para tanto, cuidados simples como lavar as mãos de três em três horas, usar lenço ou papel na hora de espirrar e evitar locais com grande aglomeração se estiver resfriado para não ajudar a disseminar a doença, são úteis.

E mesmo em caso de contágio, por serem considerados mais leves, estes grupos podem ser atendidos em unidades básicas de saúde. Isso não quer dizer, entretanto, que haverá atendimento preferencial aos não vacinados.
Segundo o ministério, todas as pessoas com suspeita de síndrome respiratória aguda grave (composta por sintomas semelhantes ao da gripe A, mas sem resultado de exame laboratorial), independente da faixa etária, serão atendidas nas unidades de saúde. Para tanto, o governo investiu R$ 525 milhões na rede assistencial de saúde e tem estoque de 21,9 milhões de tratamentos de antivirais. Também foi ampliada a rede de laboratórios para diagnóstico do vírus pandêmico de seis para 18 unidades em todo o país.

Sem medo de vacina
– Se pessoas que estão fora do cronograma querem se vacinar mesmo burlando o esquema proposto pelo governo, vê-se uma tendência quase contrária de alguns grupos que devem ser vacinados. Alguns, entre os quais as grávidas e os doentes crônicos não ainda não bateram a meta de vacinação do governo.

Para os especialistas isso acontece, na maioria das vezes, por medo de efeitos colaterais e falta de informação sobre a eficácia da doença.

Segundo o médico sanitarista Ricardo Cunha, responsável pela área de vacinas da DASA (empresa responsável pelos laboratórios citados), “a vacinação apresenta até 90% de eficácia e é indicada para todas as pessoas com idade superior a seis meses de idade e deve ser aplicada anualmente, já que o vírus sofre mutações”. As reações mais comuns, que atingem entre 10% e 20% dos vacinados, são dor e no local da aplicação, mas os sintomas desaparecem espontaneamente entre 24 e 72 horas após receber a dose, segundo Cunha.

A vacina só não é indicada para pessoas com alergia comprovada à proteína do ovo, já que a produção é a partir de embriões de galinha. (Fonte: Camila Neumam/ Portal R7)




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