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Os tempos de mercado estagnado ficaram para trás no ramo da construção civil em Curitiba. Em 2009 o crescimento superou as expectativas e alcançou a média de 22%, contra os 17% da previsão. “O ano foi muito bom. Atingimos e superamos metas, com boas surpresas no desenvolvimento de determinados bairros, como Água Verde”, afirma Gustavo Selig, presidente da Ademi-PR.
Além desse, outros bairros que puxaram o crescimento do setor foram Ecoville, Portão, Centro e Campo Comprido. “Ainda na metade do ano tínhamos uma ideia em formação sobre os motivos que levaram a esse crescimento. Mas agora podemos afirmar que a crise financeira foi muito benéfica para a construção civil, pois favoreceu a migração de pequenos investidores. Aquelas pessoas que mantinham seus recursos financeiros em aplicações de baixo risco, mas que ficaram inseguras com a quebra de instituições financeiras, decidiram aportar esses recursos na compra de imóveis para investimento”, diz Selig.
Porém, não foram apenas de investidores que o mercado imobiliário se beneficiou. A união de boas ofertas de imóveis para as diversas camadas sociais e de opções para agradar aos gostos e necessidades do consumidor são fatores que permitem aos consultores do setor avaliar positivamente o ano de 2009. “O que se viu no primeiro semestre do ano foram vendas na área dos imóveis econômicos, o que tipicamente se classifica como primeiro imóvel. São imóveis de necessidade. Para aquelas pessoas que vão casar e precisam de uma casa para morar ou para quem queria deixar de pagar aluguel, por exemplo”, esclarece Marcos Kahtalian, consultor da Ademi-PR. Porém, o segundo semestre trouxe para as centrais de vendas um outro comprador. “O comprador por desejo, que busca a troca do seu atual imóvel. Como essa compra é mais pensada e refletida, o consumidor esperou ter certeza do ‘fim da crise’ para retomar os planos de compra e fechar negócio”, analisa. Para Kahtalian a maior oferta de imóveis continua sendo aqueles que possuem dois e três dormitórios, com variações conforme o porte do empreendimento.
O que vem por aí
As expectativas para 2010 são bastante positivas. “A tendência é de valorização do mercado e de crescimento, já que as análises sobre o Brasil projetam 5% de crescimento”, explica Kahtalian. “Vimos um 2009 começar cauteloso e, no segundo semestre, uma rápida recuperação, com muitos empreendimentos totalmente vendidos na planta. Os empresários dão mostras de recuperação de projetos, sem medo de fazer novos lançamentos.” Para o presidente da Ademi-PR, o mercado imobiliário deverá apresentar em 2010 um crescimento entre 17 a 18% , e valorização de 21%. “Essa valorização é uma média, já que determinados bairros têm potencial para valorizar mais e outros menos.”
Demanda
Apesar do crescimento, Curitiba ainda tem mais demanda do que oferta. “Apesar dos lançamentos, há desequilíbrio na oferta. Sabemos que há demanda em determinadas regiões da cidade e para determinados públicos que não estão sendo atendidos pelas incorporadoras, bem como, para outros segmentos, a oferta já está se equiparando a demanda”, expõe Selig. Kahtalian também avalia esse fator de mercado. “Os consumidores de imóveis supereconômicos, na faixa dos R$ 130 mil, ainda não terão atendidas toda a demanda.”