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Fabio Graner, BRASÍLIA
No acumulado do ano, captação cresceu 56,9% em relação ao mesmo período de 2008
A caderneta de poupança teve em setembro ingresso líquido de R$ 3,51 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central. Foi o segundo maior saldo do ano e o quinto mês consecutivo em que essa aplicação teve resultado positivo. A captação líquida do mês passado refletiu depósitos de R$ 84,86 bilhões e retiradas de R$ 81,35 bilhões.
No acumulado do ano, a poupança atraiu R$ 15,73 bilhões líquidos. Em igual período de 2008, a caderneta teve saldo positivo de R$ 10,02 bilhões. Ou seja, o crescimento foi de 56,9%.
Em setembro de 2008, o ingresso líquido na poupança foi de R$ 1,46 bilhão. O resultado do mês passado foi menor apenas que o de julho, quando foram captados R$ 6,67 bilhões. Apesar de ter vindo bem mais forte do que em igual mês de 2008, a entrada líquida de dinheiro na poupança no mês passado ficou abaixo dos R$ 4,19 bilhões de setembro de 2007.
Apesar do volume significativo de recursos nessa aplicação, considerada a mais popular e conservadora, o governo ainda não vê uma migração em massa de recursos dos fundos de investimento para a caderneta de poupança, fator que determinaria um maior sentido de urgência no encaminhamento, ao Congresso, da proposta de tributação dos rendimentos dessa aplicação.
O envio da proposta foi anunciado duas vezes pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas até agora não ocorreu. O recuo mais recente ocorreu por causa da pressão da base aliada, que considera a proposta politicamente explosiva. Na volta de sua viagem à Turquia, onde participou de reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI), Mantega deverá discutir o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
MONITORADA
Segundo uma fonte do governo ouvida pela Agência Estado, o resultado da poupança em setembro, apesar de ser o segundo mais alto do ano, não mostra esse movimento de migração. "A poupança segue sendo monitorada, mas ainda não houve migração em massa", diz a fonte.
Os técnicos da equipe econômica já notam, contudo, por causa da queda nos juros básicos, uma busca dos investidores por aplicações mais rentáveis, embora com um pouco mais de risco, como os fundos multimercados - que aplicam em várias modalidades simultaneamente.
Dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) mostram que os fundos de investimento de curto prazo e aplicações de renda fixa perderam, respectivamente, R$ 1,2 bilhão e R$ 2 bilhões em setembro. Enquanto isso, os multimercados tiveram saldo líquido positivo de R$ 9,3 bilhões. Os fundos DI, que acompanham mais de perto a evolução da taxa Selic, tiveram captação líquida de R$ 1,4 bilhão.