A polêmica das máscaras faciais
Legendas Duplas para aperfeiçoar seu inglês


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O uso de máscaras faciais


Até alguns dias atrás, o uso de máscaras faciais por toda a população não era recomendado. Entretanto, essa orientação mudou recentemente.

O que aconteceu?

Por que as máscaras não eram recomendadas antes?

Por que são recomendadas agora?

As máscaras descartáveis são confiáveis? E as máscaras caseiras?

Devo começar a usar máscaras se precisar sair na rua?


Essas são algumas das perguntas que tento responder neste texto. Mas antes de continuar, preciso deixar claro que não sou infectologista e nem especialista em vírus. Tudo o que escrevi nesta página é fruto apenas de pesquisas pessoais sobre o assunto aliadas ao meu próprio senso crítico.

Caso discorde de alguma coisa, não hesite em deixar sua opinião abaixo na seção de comentários. Todos estamos no mesmo barco, e todos estamos aprendendo coisas novas a cada dia. Suas críticas serão muito bem-vindas.

Até alguns dias atrás, o uso de máscaras faciais por toda a população não era recomendado. Por quê?


As máscaras faciais comuns descartáveis, as chamadas máscaras cirúrgicas descartáveis de TNT (Tecido Não Tecido – na verdade, um “tecido” feito de plástico), não eram recomendadas pois não impedem a passagem do vírus, seja por causa da baixa capacidade de filtragem, seja por causa da falta de vedação. Além disso, o mau uso poderia trazer riscos adicionais.

Capacidade de filtragem

Estima-se que essas máscaras faciais comuns possuam uma capacidade de filtragem de apenas 30 a 60% das partículas (gotículas) que podem conter vírus, dependendo do material de que são feitas.

Vedação

Além disso, a maioria delas não tem um bom sistema de vedação no rosto, permitindo que os vírus circulem quase que livremente pelas laterais da máscara.

Falta de costume

E mais um agravante seria a falta de costume das pessoas com o uso de máscaras faciais, o que gera bastante desconforto, ocasionando situações que podem até mesmo facilitar a contaminação ao invés de diminuí-la.

Desconforto

O desconforto pode levar o usuário a coçar o rosto mais vezes do que o normal, fazendo com que leve vírus que estavam nas mãos até o rosto com mais frequência.

Mau uso

Além disso, muitas das pessoas que não tem costume com a máscara facial acabam a abaixando ou levantando para falar e espirrar, aumentando ainda mais o contato das mãos no rosto.

Casos recomendados

Apesar de todas as falhas apontadas, as máscaras descartáveis continuavam sendo indicadas para pessoas que apresentassem sintomas e também para médicos e cuidadores de idosos ou de crianças. O objetivo nesses casos não era proteger as pessoas que estavam usando as máscaras, mas proteger as pessoas que conviviam com elas.

Conclusão (até alguns dias atrás)

Não valeria a pena estimular o uso de máscaras faciais para a população em geral, pois o benefício de proteção individual seria muito pequeno (se é que haveria real benefício) para justificar o esforço exigido.

Além disso, a quantidade de máscaras no mercado não seria suficiente para todos. Assim, o uso massivo pela população faria com que faltassem máscaras para as pessoas para as quais o uso era recomendado.

E as máscaras profissionais?


As máscaras profissionais (N95 ou equivalentes) são realmente eficazes contra o vírus, pois tem uma eficiência de filtragem de mais de 95%, além de oferecerem uma ótima vedação no rosto do usuário.

São usadas por profissionais da saúde, principalmente em procedimentos especiais que geram o que eles chamam de aerossolização de secreções respiratórias, ou seja, procedimentos que fazem com que sejam emitidas milhares de gotículas potencialmente contaminadas no ar. Os procedimentos mais comuns desse tipo são a intubação, a aspiração de vias aéreas e a indução de escarro.

Problema

O problema é que, além de serem bem mais caras, as máscaras N95 estão em falta no mercado. As máscaras existentes não são suficientes nem mesmo para os profissionais da saúde.

Conclusão

As máscaras N95 devem ser reservadas para os médicos e enfermeiros que, além de possuírem treinamento para utilizá-la, lidam com pacientes infectados durante todo o dia e, portanto, possuem uma necessidade bem maior de proteção.

Apesar de sua eficácia, sua escassez inviabiliza a indicação para a população em geral.

Agora, as máscaras passaram a ser amplamente recomendadas. O que mudou?


Mudou o foco de análise. Antes, o foco estava na proteção individual. Agora, mudou para a proteção coletiva.

Proteção Individual

Até alguns dias atrás, o uso de máscaras faciais descartáveis estava sendo analisado a partir do ponto de vista da proteção individual, o que não era justificável tanto pela baixa eficácia na população em geral quanto pela sua escassez.

Proteção Coletiva

Entretanto, alguns infectologistas e virologistas começaram a levantar a questão da proteção do ponto de vista coletivo, global, comunitário.

E para defender esse ponto de vista, elencaram alguns fatos inquestionáveis sobre a transmissão:

Transmissão por pessoas sem sintomas

Lembra-se da campanha “Quem vê cara não vê AIDS”, feita pelo Ministério da Saúde no final dos anos 80? A campanha buscava a conscientização de que a doença não distinguia pessoas por beleza, sexo ou idade.

Pois é... Da mesma forma, quem vê cara também não vê coronavírus.

Hoje sabe-se que, depois de infectadas, as pessoas demoram alguns dias para apresentarem sintomas visíveis.

E, nesse período de tempo, já podem estar disseminando o vírus sem saber, sem se dar conta do risco.

A transmissão nesse estágio é grande e difícil de prever.

Máscaras caseiras

Máscaras caseiras, feitas de pano mesmo, seriam talvez ainda menos eficientes do que as máscaras descartáveis de TNT para proteção individual.

Entretanto, para o objetivo de proteger as pessoas em volta, a eficiência seria muito boa.

Proteção das pessoas em volta

Qualquer máscara facial, seja lá de que material for, cria uma barreira física, impedindo que gotículas que foram expulsas pela boca e nariz de uma pessoa infectada cheguem a outros objetos e superfícies e até mesmo a outras pessoas.

É justamente por isso que se indica o uso da máscara por pessoas sabidamente infectadas.

Superfícies Contaminadas

Estudos indicam que o vírus pode continuar viável para infecção por até 3 dias se cair em superfícies de plástico, vidro ou metais, dependendo de fatores como temperatura e tipo de material.

Só o fato da máscara impedir que a maioria das gotículas cheguem a essas superfícies já diminui drasticamente uma das maiores formas de infecção: contato das mãos com superfícies contaminadas e posterior contato com olhos, nariz e boca.

Coronavírus no ar

Você sabia que quando alguém infectado espirra sem nenhuma proteção em um local fechado, o coronavírus pode resistir por até três horas espalhado pelo ar e, nesse período, pode contaminar outras pessoas?

Pois é... O uso de qualquer máscara facial também diminui bastante a quantidade de vírus dispersos na forma de aerossol, desde que a pessoa não tire a máscara para espirrar.

Baixo custo

As máscaras caseiras também saem mais barato, pois podem ser lavadas e reutilizadas, e podem ser produzidas pela própria população com materiais baratos ou até mesmo reaproveitados.

Nova solução proposta: máscaras caseiras para proteção coletiva


Como grande parte do contágio é feito por pessoas que não sabem que estão com o coronavírus e qualquer tipo de máscara pode ser bastante eficaz para evitar que essas pessoas disseminem o vírus, a nova solução proposta foi o incentivo para que as pessoas produzam suas próprias máscaras, de pano mesmo, com materiais que a pessoa já tenha em casa, como camisas ou meias velhas, e as usem massivamente.

O incentivo ao uso de máscaras caseiras inclusive permite que as máscaras industriais descartáveis sejam reservadas para os profissionais da saúde, minimizando o desabastecimento nesse setor.

Faz sentido?

Faz muito sentido!

E resolve outro problema grave: preconceito

Antes da recomendação geral para uso de máscaras, as pessoas que as usavam faziam isso para tentar uma proteção adicional para si próprias.

E como as máscaras não estavam disponíveis para todos, seja pelo preço ou pela própria escassez, a atitude de usar máscaras era tida como uma atitude egoísta. Pessoas com máscaras eram aquelas que queriam se proteger das outras, e usavam seu poder econômico para isso. E isso gerava um certo preconceito, olhares repreensivos, desprezo.

Conheço pessoas que tinham vergonha de usar máscara por medo da reação negativa das outras pessoas.

Agora, a situação mudou.

O que justifica o uso de máscaras agora não é mais a proteção individual, mas a proteção do outro.

Vimos acima que o uso de máscara não traz grandes benefícios para a proteção individual, apesar de muitos profissionais ainda insistirem em ressaltar uma certa proteção parcial.

Por outro lado, há quem diga até que o uso das máscaras é até mesmo prejudicial, pois as chances são grandes de serem usadas de forma inadequada.

Mas uma coisa ninguém discute: ela é ótima para a proteção das pessoas que convivem com a gente.

E isso é lindo!

A maioria de nós acredita que não está infectado com coronavírus. E grande parte dessas pessoas realmente não está. Mas sempre há pessoas infectadas sem saber que estão com o vírus. E são essas que farão a doença se alastrar.

Se todos usarmos máscaras, teremos uma proteção adicional. Não por a usarmos, mas pelo fato das pessoas perto de nós estarem usando.

Não usaremos mais as máscaras para nos proteger, mas para proteger o próximo. É uma atitude digna de reconhecimento e elogios.

E quem deixar de usar é que vai passar a se sentir envergonhado e pressionado pelos olhares daqueles que usarem a máscara.

Eu protejo você.
Você me protege.
Ambos estamos seguros.


É o que diz uma garota da República Tcheca em um vídeo sobre o assunto.

República Tcheca

A República Tcheca é um dos países que está conseguindo controlar a crise e achatar a curva do ritmo de transmissão do vírus com a ajuda do incentivo ao uso massivo de máscaras caseiras pela população.

O uso de máscaras não substitui o isolamento

Repare que eu disse “com a ajuda...”.

Isso quer dizer que as medidas de isolamento social e higiene (lavagem das mãos, uso do álcool em gel etc.) não foram deixadas para segundo plano.

O uso de máscaras faciais é algo adicional, e não veio para substituir as medidas anteriores já em funcionamento.

#Masks4All


Veja o vídeo original postado pela organização Masks4All (Máscaras para todos) sobre o assunto:


Como fazer máscaras caseiras?


Se você tiver habilidades de costura (seja manual ou à máquina) e alguns instrumentos e materiais específicos, como arames, fitas, elásticos, panos, agulha, linha etc., basta pesquisar na internet para achar milhares de tutoriais detalhados sobre como fazer ótimas máscaras faciais.

Muitas pessoas estão inclusive aproveitando essa nova demanda para fazer máscaras de pano para revenda e conseguir atravessar esse período de crise com um pouco menos de dificuldades. Se tiver condições, você também pode comprar as máscaras delas.

Não tenho habilidades para fazer uma máscara caseira


Se você, assim como eu, não tem intimidade nenhuma com agulha e linha, e muito menos possui materiais como fitas ou elásticos sobrando em casa, então achei dois vídeos que podem ser a solução para você.

Você vai precisar apenas de uma tesoura e de blusas ou meias velhas que você não usa mais ou que, apesar de usar, poderiam passar a ter uma utilidade mais nobre a partir de agora.

Máscara de meia


Há alguns dias, recebi um vídeo pelo WhatsApp ensinando a fazer uma máscara simples com uma meia. Achei o vídeo sensacional pela sua simplicidade, apesar de não ter áudio (apenas uma musiquinha de fundo). O vídeo foi postado originalmente no Instagram @simplificaorganizacao:



Achei também um outro vídeo no YouTube, do apresentador Luciano Huck, ensinando a fazer a máscara da mesma forma. Como esse vídeo possui áudio, talvez seja mais didático. Confira:



Máscara de camiseta


Apesar dos vídeos acima mostrarem uma máscara muito interessante e fácil de fazer, a máscara que mais gostei não foi produzida por causa do coronavírus.

Ele foi postado em 2017 por alguém que precisava de uma máscara como equipamento de proteção contra poeira. Ele criou sua própria máscara pois achava que as máscaras descartáveis eram inúteis por causa da falta de vedação, e as profissionais eram caras e dificultavam a respiração.

O autor usa apenas uma blusa de malha surrada e uma tesoura, e faz todas as medidas apenas com as larguras da mão e do polegar. Tudo bem simples e prático, em menos de dois minutos.

E com uma só blusa é possível fazer várias máscaras.

O vídeo é em inglês, mas está com legendas duplas para facilitar o entendimento.


Será que vale a pena o esforço?


Será que o coronavírus é realmente tão perigoso? Ou é tudo exagero da mídia?

Muitos ainda não se deram conta da gravidade do problema, apesar de todas os alertas a todo momento e em todos os lugares. Alguns chegam a negar os fatos, dizendo que tudo não passa de exagero da mídia.

Assim, se quiser saber um pouco mais sobre o mecanismo de funcionamento do Coronavírus e dos riscos de uma pandemia rápida, sugiro que, depois de terminar este texto, volte e acesse o seguinte conteúdo, que também não é dos menores:

Essencial sobre o Coronavírus

Mas o índice de mortalidade do coronavírus é baixo... Será?


Se você consegue analisar friamente os dados e dizer que o coronavírus não é importante, e que sua taxa de mortalidade é relativamente baixa, sugiro que assista ao vídeo abaixo, que foi produzido para uma campanha para diminuir acidentes de trânsito, mas que se encaixa perfeitamente na situação atual.


Agora a solução está em nossas mãos.


Então preciso usar máscaras quando sair na rua?

Sim! Precisamos começar a usar máscaras sempre que for preciso estar em contato mais próximo com outras pessoas, seja nas ruas, no supermercado ou no trabalho.

E temos que fazer essa informação ficar clara para o máximo de pessoas possível.

Acredito que quanto mais pessoas usarem máscaras durante esse período crítico (além de continuarem com o distanciamento social e com a higiene das mãos), mais lento será o processo de transmissão do coronavírus, o que pode salvar muitas vidas.

Mas só vai funcionar se a adesão for grande. E isso também depende de você.

Faça sua parte

Compre máscaras artesanais de alguém próximo de você ou faça você mesmo suas próprias máscaras, seja com as instruções dadas acima ou com base nos milhares de tutoriais que podem ser encontrados no YouTube.

Se você não começar a usar máscaras, as outras pessoas perto de você também não vão.

Deixe sua participação ficar pública.

Se você gostou da iniciativa mostrada no vídeo da garota tcheca, participe publicamente. Mostre para os outros que você está participando. Poste sua foto de máscara nas redes sociais e use a hashtag que ela indicou (#masks4all) e participe do movimento.

Para saber como os grandes movimentos começam, e também para entender o seu papel nesse movimento, sugiro também acessar a seguinte matéria:

Como as grandes coisas começam?

Mas antes, deixe aqui seu comentário.

Conte pra gente o que você pensa sobre o assunto. Você já está usando a máscara? Vai usar? Ou não vai participar? Por quê?

Danilo Borges - Equipe JurisWay
See you soon!

Danilo Borges
Equipe JurisWay


#Masks4All

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Comentários  


Obs: O tocador de vídeos usado nesta página é disponibilizado por um site parceiro, o Inglês Mundial Clube, que usa um player com vários recursos, como legendas duplas, avanço e retrocesso verso a verso, loop em cada verso, alteração de velocidade de reprodução simplificada etc. Para ver outras matérias baseadas em vídeos em inglês com legendas duplas e saber mais sobre o projeto, acesse o link Inglês com Legendas Duplas no JurisWay.

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