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Fonte: Folha de S. Paulo - Online 27/10/2010
Texto enviado ao JurisWay em 27/10/2010.
Impulsionadas pelas compras de final do Ano Novo e pelo impacto do 13º salário na economia, as vendas do comércio varejista na região metropolitana de São Paulo devem chegar a R$ 11 bilhões em dezembro deste ano.
O montante representa aumento de 12% em relação ao verificado em igual mês do ano passado (R$ 9,8 milhões). Se descontada a inflação estimada para o período, o crescimento real previsto deve chegar entre 6,5% e 7% só no mês de dezembro.
A previsão é da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), que representa os comerciantes nessa região.
Para chegar a esse valor, Altamiro Carvalho, assessor econômico da Fecomercio, considerou as informações de pesquisas conjunturais do comércio feitas mensalmente, os dados de vendas de comércio eletrônico (vendas de pessoa jurídica para pessoa física), fornecidos pela e-bit, e volume geral de vendas do comércio publicado anualmente pelo IBGE.
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o faturamento do comércio na região metropolitana de São Paulo já atingiu R$ 64 bilhões, em valor nominal. No ano, a previsão é chegar a R$ 100 bilhões, segundo estimativa da federação do comércio.
MAIS DINHEIRO
Um quinto dos R$ 11 bilhões que devem ser faturados em dezembro deve vir somente impacto do 13º salário no comércio varejista.
Cálculo do Dieese divulgado na semana passada mostra que o salário extra (pago geralmente até o dia 20 de dezembro) deve injetar R$ 31,2 bilhões no Estado --sendo que R$ 17,47 bilhões serão na região metropolitana.
No ano passado, o pagamento de 13º na Grande São Paulo movimentou R$ 15,37 bilhões, segundo valores atualizados.
"Os R$ 2,1 bilhões a mais que devem ser injetados no comércio em dezembro deste ano somente são responsáveis por sustentar um terço do crescimento previsto para o varejo no ano", diz Carvalho. Isso significa que, se a previsão é crescer 6% (acima da inflação), cerca de 2% desse resultado se deve ao impacto do 13º salário.
"Com o aumento de empregos e do valor do salário médio real, e a inflação sob controle, os ganhos reais se sustentaram em patamares maiores dos que os do ano passado", ressalta o assessor econômico da federação.
José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Dieese, diz que os trabalhadores receberam no ano passado, em média, aumentos reais que variaram de 1,5% a 2% acima da inflação. Neste ano, os aumentos devem ficar entre de 2% e 4% acima da inflação.
"O salário mínimo, que serve como parâmetro para reajustar piso de algumas categorias profissionais, teve aumento nominal de 9,68% ou ganho real de 6,02% (acima da inflação acumulada de fevereiro a dezembro de 2009)", diz Prado de Oliveira.