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Pela lei, primeira parcela do salário extra cai no dia 30/11; consumidores vão usar o dinheiro para pagar dívidas
Rogério Ferro, da equipe Akatu
Vence no próximo dia 30 de novembro a data limite para os empregadores pagarem a primeira parcela do 13º salário. Neste ano, o crescimento das taxas de emprego levaram os brasileiros às compras e ao consequente aquecimento do mercado interno. Mas, nem tudo que foi comprado está pago, por isso, especialistas recomendam que, antes de sair comprando mais, o melhor é pagar das dívidas e fazer um planejamento financeiro para 2011.
Segundo um estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), divulgado na primeira quinzena de novembro, os consumidores brasileiros pretendem mesmo conter os gastos: 57% deles querem usar o 13º salário para pagar dívidas.
“O melhor é usar esse dinheiro para pagar aquelas dívidas que embutem encargos maiores, como o cartão de crédito rotativo, que tem juro mensal médio de 10,69%, e o cheque especial, que gira em torno de 7,47% ao mês”, recomenda o economista Miguel Ribeiro de Oliveira, conselheiro da Anefac e coordenador do levantamento. “É uma ótima oportunidade para começar o novo ano sem grandes preocupações financeiras”, afirma.
Segundo a pesquisa, os entrevistados declararam que o 13º salário será destinado para: cobrir as contas em aberto do cartão de crédito (38%), cobertura do cheque especial (35%) e pagamento de parcelas atrasadas de financiamentos (9%).
Planejamento
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado na terça-feira (3/11), revela que 51,4% das famílias brasileiras estão endividadas. Para Elaine Toledo, consultora do Akatu e autora do livro Saiba mais para gastar menos, a falta de planejamento nas compras é a principal causa dos gastos desnecessários e endividamentos. “Por isso, para quem ainda não se planejou, deve começar agora mesmo a definir os destinos do seu 13º”, alerta ela.
“Os que estão com o saldo positivo devem lembrar-se das despesas que geralmente chegam bem no começo do ano e se programar para pagar contas como IPVA e IPTU. Para os que têm filhos vale pensar nas matrículas, além de material e uniforme escolar”, explica Elaine.
Se essas despesas couberem tranquilamente na faixa salarial da família, antes de ir às compras, avalie os impactos do seu consumo e pense se realmente a compra é necessária.