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 Defesa do Consumidor
 

Feijão sobe e pode atingir preço histórico

Fonte: Notícias Agrícolas 17/9/2010

Texto enviado ao JurisWay em 20/09/2010.

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Em apenas dez dias, produto teve alta de 73% no campo; previsão é que saca supere recorde de R$ 300, de 2008 Vendido entre R$ 3 e R$ 5 em supermercados, o feijão poderá custar cerca de R$ 15 por quilo para os consumidores

 

MAURO ZAFALON

DE SÃO PAULO - Os apreciadores de feijão podem preparar o bolso para os próximos meses. O produto teve alta brusca de 73% em apenas dez dias no campo, e as próximas semanas serão de novos aumentos.

A saca de feijão de melhor qualidade chegou a R$ 200 ontem e pode superar o recorde histórico de R$ 300, do início de 2008, segundo avaliação de Marcelo Eduardo Lüders, presidente do conselho do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão).

"Estamos vendo apenas a ponta do iceberg", diz ele.

Comercializado atualmente entre R$ 3 e R$ 5 por quilo nos supermercados, o feijão poderá custar cerca de R$ 15 para os consumidores nos próximos meses, acrescenta.

A alta ao consumidor deve chegar rápida porque, ao perceber o aumento de preço no campo, o varejo antecipa o reajuste de preços até para o produto adquirido com valores menores, diz Lüders.

Essa alta brusca se deve a vários fatores, que vão desde a menor presença do governo nas compras do produto até os efeitos climáticos nas áreas de produção.

A oferta de produto não acompanhou a demanda e deverá haver deficit de 13 milhões a 14 milhões de sacas no mercado. Desse volume, entre 3 milhões e 4 milhões de sacas terão de ser importadas da China, dos Estados Unidos e do Canadá.

Parte do deficit vai ser compensada via preços. Ou seja, o produto vai subir até o valor que o consumidor estiver disposto a pagar.

O consumo mensal brasileiro é de 5 milhões de sacas, e o brasileiro é um tradicional consumidor de feijão carioquinha, não encontrado no mercado externo.

LEILÃO

O cerne da alta do feijão começou em novembro, quando o governo deixou de fazer AGF (Aquisição do Governo Federal) da produção da primeira safra, diz Lüders.

Devido aos preços baixos e ao estoque no mercado, o produtor reduziu a área de plantio na segunda safra. Na terceira safra -são feitas três ao ano-, o clima não foi favorável na Bahia e no Centro-Oeste. Agora, a quebra chega às lavouras de São Paulo.

Para elevar a oferta no mercado, a CONAB fará um leilão hoje, mas "é um produto de baixa qualidade e tem mercado específico para cestas básicas", diz Vlamir Brandalizze, do Brandalizze Consulting.

O problema das importações, segundo Lüders, é que o país tem alíquota de 10% para o produto vindo de fora do Mercosul, tornando-o ainda mais caro. Além disso, a entrada do feijão vai enfrentar a "morosidade da liberação do produto nos portos".

Brandalizze diz que essa alta de preços ocorre em momento de reposição de estoques no varejo, mas a oferta será curta até dezembro.

Parte da área já semeada nas últimas três semanas foi afetada pela seca e deve ser replantada. Além disso, com a valorização do milho e da soja, muitos produtores vão repensar o plantio de feijão, um produto de "alto risco".





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