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Fonte: Agência Sebrai de Notícias 27/7/2010
Texto enviado ao JurisWay em 27/07/2010.
"O crédito rotativo é emergencial. Só deve ser usado em último caso" Paulo Rogério Caffarelli, presidente da Abecs
As compras parceladas com cartão de crédito estão crescendo e, com elas, o risco de inadimplência dos consumidores. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs), o valor das compras parceladas com juros aumentou 72%, passando de R$ 52 bilhões em 2007 para R$ 89,4 bilhões no ano passado. Em termos percentuais, as compras com juros vêm até diminuindo devido ao crescimento do faturamento com cartão, enquanto cresce o parcelamento das compras sem juros, que passou de 67% do total em 2007 para 71% no ano passado.
Diante desse quadro e também tendo em vista a pressão que o governo vem fazendo por conta das reclamações dos consumidores, a Abecs resolveu tomar uma providência: investir na educação financeira dos usuários de cartão de crédito. Afinal, nada menos que 80 milhões de brasileiros possuem algum tipo de cartão, que são aceitos em 1,7 milhões de estabelecimentos por todo o país. Por essa modalidade são feitas mais de seis bilhões de transações anualmente, cujos valores superam R$ 500 bilhões.
"É um setor que cresce 20% ao ano, trazendo conveniência e comodidade ao cliente", disse Paulo Rogério Caffarelli, presidente da entidade. Ele garante que a indústria quer melhorar a imagem que tem diante do consumidor. Para isso a entidade se comprometeu com o governo a apertar o cerco sobre os associados que não andam na linha.
"Vamos assinar, em agosto, um termo de compromisso com o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça", contou. Caffarelli explicou que os grandes bancos de varejo vão assumir o compromisso de não enviar cartões para os clientes sem autorização prévia. E mais. Quando o cartão for enviado, sempre a pedido do consumidor, ele será acompanhado de um contrato sobre o uso consciente do cartão de crédito.
A mudança de atitude, segundo Caffarelli, não vai parar por aí. Na fatura do cartão de crédito vai ter um alerta sobre o crédito rotativo e as taxas de juros do financiamento, que antes vinham em letras diminutas e em local de difícil visualização pelo cliente, vão ser facilmente identificadas. "Tudo vai estar em letra bem grande", garantiu. O presidente da Abecs disse também que a entidade estuda cláusulas de punição para os bancos que não entrarem na linha.
Com isso, segundo Cafarelli, a Abecs espera uma redução significativa das reclamações dos consumidores nos Procons. Hoje os cartões lideram o ranking das reclamações, juntamente com as empresas telefônicas. O envio sem solicitação é uma das maiores reclamações, seguida dos juros cobrados no financiamento, que os consumidores consideram abusivos.
"Os consumidores precisam ter consciência de que o crédito rotativo é emergencial. Só deve ser usado em último caso e por pouco tempo", disse Caffarelli. Segundo ele, para o consumidor se financiar por mais tempo existem créditos mais baratos no mercado, como, por exemplo, o consignado (com desconto em folha). Para auxiliar os consumidores no uso do cartão, a Abecs já colocou no site umasérie de dicas, além de um simulador de despesas para auxiliar no controle dos gastos. Logo estará disponível uma cartilha, que será distribuída em locais de grande circulação