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Fonte: JC Online - Jornal do Commercio 13/7/2010
Texto enviado ao JurisWay em 13/07/2010.
Com um crescimento de 2,4% no ano passado em relação a2008, superior ao aumento de 0,89% em nível mundial, o setor de software- programas de computador - e serviços no Brasil se prepara pararetomar, a partir deste ano, o ritmo de expansão anterior, em torno de20% ao ano. A afirmação foi feita pelo presidente da AssociaçãoBrasileira de Empresas de Software (Abes), Gerson Schmitt. A entidaderepresenta 840 companhias.
“A curva de crescimento do setor émuito forte”. Schmitt esclareceu que a adoção de tecnologia crescecomo fator de competitividade empresarial e de qualidade de gestão naárea pública. “Ela tem crescido a um ritmo de 20% ao ano, para mais.Então, nós acreditamos que deste ano [2010] em diante, o patamar típico do mercado retorna”. A recuperação cambial contribui para isso, disse o presidente da Abes.
Gerson Schmitt assegurou que a demanda está aquecida no país para softwares.Com um faturamento de US$ 15,3 bilhões em 2009, o setor no paísconstitui atualmente o 12º maior mercado interno do mundo. Eleconsiderou que o crescimento poderia ser ainda mais acelerado.
Na França e na Alemanha, por exemplo, o mercado interno de softwaree serviços representa de US$ 40 bilhões a US$ 60 bilhões. Fatores comoa área de cobertura, população e o Produto Interno Bruto (PIB) sãovariáveis macroeconômicas suficientes para que o Brasil atinja esseobjetivo, avaliou Schmitt. “O Brasil tem condições de estar entre oscinco ou seis primeiros em termos de mercado de TI [tecnologia da informação]”.
Para isso, entretanto, terãode ser superados alguns obstáculos. Além da carga tributária, opresidente da Abes citou o gargalo de formação profissional na área,que supera atualmente 50 mil profissionais, de acordo com dados doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outraquestão é o papel do Estado no setor, disse Schmitt. Embora seja omaior consumidor de tecnologia, com 38% do mercado nacional, o governonão é o maior comprador, “porque faz muita autoprodução e acabaconcorrendo com oportunidades com a área privada”. Em vez disso, ogoverno poderia ser parceiro do setor privado em cases(programa utilizado em uma ou em todas as fases de desenvolvimento deum sistema de informação) para exportação, gerando divisas para o país,sugeriu.
O custo de produção de software no Brasil émais caro do que em países concorrentes, como a Índia e o Vietnã,segundo a Abes, devido à valorização do real frente ao dólar e àelevada carga tributária. Além de pagar mais pela mão de obraespecializada em relação aos países asiáticos, a agregação dos encargossociais, o fortalecimento da moeda interna e outros custos, como acarga tributária, fazem o produto brasileiro perder competitividade.
O mercado nacional é formado por 94% de micro e pequenas empresas. O rankingpor usuários no mercado interno mostra que os setores da indústria detransformação e financeiro correspondem a quase 50% dos compradores de software e serviços no Brasil. O governo aparece em 5º lugar na pesquisa da Abes.
Osmaiores crescimentos entre os compradores em 2009, em relação ao anoanterior, foram observados nos setores de agroindústria (11,7%) efinanceiro (8,6%). O comércio, ao contrário, apresentou a maior quedana compra de produtos e serviços de TI (-14%).
(Alana Gandra, repórter da Agência Brasil)