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SÃO PAULO - A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa Selic em 8,75% ao ano é benéfica ao consumidor. A afirmação é do vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira.
"Quando a taxa básica aumenta, os juros para o consumidor também crescem. Demora um pouco, mas a Selic acaba encarecendo todas as operações de crédito que o consumidor quer fazer", afirma o economista.
Oliveira afirma, porém, que, embora o Comitê tenha optado por não mexer na Selic, pode ser que os juros ao consumidor sofram uma redução. "O que acontece é que, como no começo do ano era consenso no mercado que a Selic iria subir, muitos bancos anteciparam esse movimento e aumentaram suas taxas, tanto que, em fevereiro, pelo segundo mês consecutivo, as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser elevadas. Mas agora, com esse cenário, alguns bancos estão dizendo que não subirão juros. Isso gera concorrência, e com isso segura-se os juros na ponta e as taxas podem até cair", explica.
Manutenção
Na avaliação de Miguel de Oliveira, o Copom decidiu manter inalterada a Selic nesta reunião em razão da medida adotada pelo Banco Central, que elevou os depósitos compulsórios no final de fevereiro.
"Existe uma pressão inflacionária que pode ser contida com a alta dos juros. Porém, o aumento dos compulsórios tem o mesmo efeito. Aumentar juros e os compulsórios seria um pouco demais para a economia brasileira. Acho que apenas a partir do próximo mês, quando pudermos ver o resultado dessa alteração nos compulsórios, é que o Comitê vai repensar a questão da Selic".
Com esse panorama de indecisão, Oliveira diz que é difícil prever como a taxa básica terminará o ano. "Vai depender do comportamento da inflação e de quanto os compulsórios serão eficientes no objetivo de conter a demanda. No início do ano, nossa expectativa era que a Selic terminaria 2010 entre 10% e 11% ao ano. Mas isso não é mais certeza, precisamos esperar para ver quão eficiente será essa medida do governo. Se ela conseguir segurar a demanda creio que nem precisaremos de um aumento nos juros", finaliza.