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Fim da entressafra da cana e estoque de biocombustível favorecerão o consumidor
Rio - Álcool combustível vai ficar mais barato no Rio só no fim do mês. O começo da safra da cana-de-açúcar e a baixa demanda nas últimas semanas devem forçar os preços para baixo. Segundo estimativas do Sindcomb (Sindicato dos Postos de Combustíveis do Rio), a redução da mistura de álcool anidro na gasolina deixou sobras do biocombustível em estoque, o que poderá levar à desvalorização ainda maior.
“O governo errou a mão, sobrou muito álcool. Então, os preços podem ficar mais atraentes”, disse Manuel Fonseca da Costa, presidente do sindicato. “O preço já está caindo e antes do previsto”, afirmou.
O valor do álcool nas bombas deverá se estabilizar no fim do mês, quando a oferta já estará normalizada. Donos de carros a álcool, porém, ainda não veem o etanol como mais vantajoso. “Hoje, o preço do álcool está quase igual ao da gasolina. Comprei esse carro por ser mais em conta usar álcool. Mas agora o GNV é que vale mais a pena”, disse o engenheiro mecânico Luiz Sérgio da Rocha Jr., 35 anos.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) prefere não fazer previsões sobre o preço do álcool. “São muitos fatores que podem influenciar. Ainda precisamos saber se a safra vai ser boa. Mas o preço já começou a baixar. Nas usinas, já custa menos de R$ 1 por litro. Em breve a redução chega ao consumidor”, informou Paulo Miranda Soares, presidente da federação.
Para Alísio Vaz, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Lubrificantes e Combustíveis (Sindicom), a queda de preços foi “muito rápida e pontual”. Segundo Alísio, redução de verdade só será sentida no fim do mês.
Enquanto isso, a solução continua a ser pesquisar preços. Em alguns poucos postos do Rio, é possível encontrar álcool por menos de 70% do valor da gasolina, preço considerado ideal.
Expectativa é que preço da gasolina também pode cair
O retorno da mistura de 25% de álcool anidro na gasolina deve puxar para baixo o preço do combustível derivado do petróleo. Isso só é previsto a partir de 1º de maio, quando termina o prazo da mudança anunciada pelo governo, que diminuía a mistura para 20%.
“Não vai ser uma redução muito grande, mas a maior oferta de álcool anidro e o aumento na mistura podem, sim, diminuir o preço da gasolina”, afirma Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis.
Com o álcool mais em conta, motoristas vão deixar a gasolina de lado. Assim, a redução na demanda poderá também forçar o preço para baixo. “O mercado está equilibrado, as coisas estão se ajustando”, analisa Paulo, que acredita que a antecipação da safra da cana-de-açúcar evitou uma alta prolongada do etanol.