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Recuo na cotação do dólar e grande volume de chuvas em 2009 podem baixar valor das tarifas de energia este ano. Especialistas acreditam que reajuste negativo deve chegar a 5%
POR LUCIENE BRAGA
Rio - O grande volume de chuvas nos reservatórios, desde o ano passado, e a redução da cotação do dólar ao longo de 2009 vão garantir ao consumidor de energia tarifas mais em conta. Os reajustes em 2010, especialmente os das distribuidoras da Região Sudeste, que consomem energia de Itaipu Binacional — cujos preços são afetados pelo dólar — poderão ser próximos ou até abaixo de zero, chegando a uma queda de 5%. O movimento pode repetir o que aconteceu em 2006 e 2007, antes da crise, quando Ampla, Light e Cenf registraram reajustes negativos pela primeira vez.
Segundo o presidente de Itaipu Binacional, Jorge Samek, a queda no valor poderá atingir 5% — embora ele tenha afirmado que as tarifas poderiam cair 10% em novembro do ano passado. O executivo afirma que, em 2009, com os reservatórios cheios, não foi preciso acionar as térmicas movidas a óleo, ainda mais caras que as termelétricas a gás. “Agora, com a queda do dólar, a energia de Itaipu vai ficar mais barata, porque o custo dos royalties vai cair”, explicou o presidente da usina.
Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), lembra que em 2008 choveu pouco, e o Brasil crescia. Naquele ano, térmicas a gás e a óleo foram ligadas.
“Em 2009, em média, as tarifas refletiram esse consumo e subiram quase 4%. Além disso, foi nesse período que o País foi afetado pela crise financeira internacional, com a disparada do dólar e do IGP-M ( Índice Geral de Preços de Mercado, da Fundação Getúlio Vargas), referência para os reajustes anuais. Em 2009,o IGP-M caiu e não se ligou usinas térmicas, porque os reservatórios estavam cheios de água. A economia está lenta, com pouco consumo. E choveu bastante. O dólar caiu. A tendência é, neste ano de 2010, de reajuste negativo”, avalia.
Redução já ocorreu em 2006 e 2007
O cabeleireiro Angelo Cesar, 53 anos, comemora a perspectiva de redução no gasto de energia. Segundo ele, a participação da tarifa para o negócio pode chegar a um terço das despesas. “Será muito vantajoso se a conta de luz vier mais baixa. Nossa atividade depende muito da energia, e não dá para economizar. Além de todos os aparelhos, como secadores, chapinha e estufas, ainda temos o ar-condicionado, que não dá para desligar nessa época do ano. Se não as clientes se queixam”, diz ele.
Angelo se lembra de quando a tarifa da Light caiu 5,3% para clientes residenciais, em novembro de 2007. No ano anterior, que o valor da energia da distribuidora diminuiu 3,99% para o usuário residencial. Também em 2006, a conta da Cenf (Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo) teve uma redução de 11,75%, enquanto, em março daquele ano, as tarifas da Ampla recuaram 5%. De 2008 em diante, o valor só registrou alta.