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Bruno Rosa e Renata Leite
RIO - As passagens aéreas internacionais podem ficar mais caras nas agências de viagens. É o que dizem as empresas, que terão de pagar pelo uso de um sistema de emissão de bilhetes criado pela Iata, a associação internacional de transporte aéreo.
A mudança na forma de as agências receberem as comissões das companhias de aviação foi proposta há 15 dias pela Iata. Por ela, na hora de comprar uma passagem internacional em uma agência de viagem, o consumidor saberá o valor da comissão da agência, que hoje oscila entre 6% e 9%, e o da passagem.
Contrária a essa proposta, a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) enviou nesta quarta-feira uma carta à Iata, pedindo uma reunião com o órgão:
- Isso não acontece em lugar nenhum do mundo. O consumidor, ao pagar no cartão, terá as duas cobranças, o da companhia aérea e o da agência de turismo. Para isso, a empresa terá de comprar o sistema de cobrança da Iata. Por isso, se não houver avanços na reunião, vamos entrar no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) porque esse sistema impede a concorrência - alertou Carlos Alberto Ferreira, presidente da Abav.
A briga foi revelada nesta quarta-feira por Flávia Oliveira, na coluna Negócios&Cia. Segundo Ferreira, ainda não se sabe o impacto para as agências, que terão suas margens reduzidas:
- Algumas podem repassar os preços; outras, não. Ainda é prematuro.
Nesta quarta-feira, Ferreira, que participou do 38º Congresso Brasileiro das Agências de Viagens e da Feira das Américas, criticou ainda a redução das comissões das empresas aéreas internacionais. A Alitalia, por exemplo, irá reduzir sua comissão atual (que varia de 6% a 9%, dependendo do estado) para 1% a partir de 1º de novembro. A Air France KLM irá zerar as comissões às empresas no dia 10 de novembro.
- O corte no comissionamento, adiado por dez anos, chegou. Ninguém pode dizer que ficou surpreso. Indignado, sim. Os 11 mil agentes democratizaram o acesso às tarifas com melhores preços e desafogaram o atendimento das empresas aéreas, que têm poucas lojas. Os clientes ficarão à mercê da internet - disse Ferreira.
Procuradas, a Iata e a Alitalia não se manifestaram. A Air France diz que, após vários estudos, o cenário mundial fez a companhia reavaliar suas tarifas e tabelas de custos.