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RIO - Comer frutas e vegetais pode reduzir em até 30% as chances de um ataque do coração, além de atuar contra a pressão arterial e prevenir derrames. A mesma dieta é capaz de diminuir em cerca de 4% a chance de incidência de um câncer. É o que revela um dos maiores e mais extensos estudos já feitos, ligando hábitos alimentares à doença. O trabalho foi publicado na revista do Instituto Nacional de Câncer, no Reino Unido.
Os pesquisadores analisaram quase 400 mil homens e mulheres em dez países europeus, ao longo de nove anos, durante os quais esses voluntários desenvolveram 30 mil tipos da doença. Eles descobriram que o consumo diário de frutas e vegetais, embora extremamente saudável, não tem, como se imaginava, um impacto significativo na prevenção do câncer. Em 1990, a Organização Mundial de Saúde recomendava a ingestão de até cinco porções diárias de frutas e vegetais como forma de combater a doença. Na época, acreditava-se que essa dieta seria capaz de reduzir em até 50% o potencial de desenvolver o câncer.
De acordo com os cientistas, alguns fatores associados à essa dieta, incluídos em estudos anteriores, podem ter levado à confusão sobre o real papel do consumo de frutas e vegetais na prevenção do câncer. Entre eles, a diminuição do consumo de álcool, a prática de exercícios físicos e o hábito de não fumar. Sem falar que a obesidade está relacionada a vários tipos de câncer.
- Todos esses fatores são decisivos para se diminuir os riscos de contrair câncer - afirma Paolo Boffeta, da Escola de Medicina Mount Sinai, de Nova York, principal autor do estudo.
Mas os pesquisadores alertam que, apesar dos novos resultados, o consumo regular de frutas e vege$não deve ser descartado ou diminuído. Embora de ação limitada contra o câncer, ele atua de forma incisiva contra as doenças do coração. Durante o estudo, foi constatado que os voluntários que ingeriram cinco porções diárias de 200 g dessa dieta, apresentaram uma redução de 30% nos casos de doenças do coração e derrames, em comparação com aqueles que ingeriram apenas uma porção diária.
Segundo o estudo, não está descartado o efeito preventivo de alguns tipos de alimentos contra o câncer. E uma dieta rica em frutas e vegetais, dizem os pesquisadores, permanece sendo altamente recomendável, principalmente para os mais jovens.
Um exemplo disso é o licopeno, substância presente nos tomates e que, de acordo com Walter Willett, da Escola de Saúde de Harvard, "tem consideráveis evidências de atuar contra o câncer de próstata". Outros alimentos, como brócolis, morangos e mirtilo, também são conhecidos por suas propriedades anticancerígenas.
- Esse estudo mostra que os esforços para aumentar as quantidades de frutas e vegetais numa dieta são válidos, já que tais alimentos são efetivamente capazes de atuar contra doenças cardiovasculares e podem trazer pequenos benefícios na luta contra o câncer - diz Willet, que também participou da pesquisa. - O que precisamos, daqui em diante, é focarmos nossos estudos em frutas e vegetais específicos e os seus impactos na saúde, principalmente nos primeiros períodos da vida.