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Leticia Freire, do Mercado Ético*
Segundo a organização, o país abandona, por ano, 96,8 mil toneladas métricas de PCs. O volume só é inferior ao da China, com 300 mil toneladas. Mas, per capita, o Brasil é o líder. Por ano, cada brasileiro descarta o equivalente a meio quilo desse lixo eletrônico. Na China, com uma população bem maior, a taxa per capita é de 0,23 quilo, contra 0,1 quilo na Índia.
Outra preocupação da ONU é com a quantidade de geladeiras que terminam no lixo no Brasil. O país é o líder entre os emergentes, ao lado da China. É 0,4 quilo por pessoa ao ano. Em números absolutos, seriam 115 mil toneladas. No setor de impressoras, são outras 17,2 mil toneladas de lixo por ano no Brasil, perdendo apenas para a China.
O Brasil também é o segundo maior gerador de lixo proveniente de celulares, com 2,2 mil toneladas por ano e abaixo apenas da China. Entre as economias emergentes, o Brasil é ainda o terceiro maior responsável por lixo de aparelhos de TV. É 0,7 quilo por pessoa ao ano, mesma taxa da China. Nesse setor, os mexicanos são os líderes.
Despreparo Federal
Com uma classe média cada vez mais forte e estabilidade econômica para garantir empréstimos para a compra de eletroeletrônicos, o Brasil não planejou o descarte do seu lixo embora, segundo a ONU, o país esteja no grupo dos mais preparados para enfrentar esse desafio.
Mas segundo relatório da organização, informações sobre lixo eletrônico são escassas, não há uma avaliação completa do governo federal sobre o problema e falta uma estratégia nacional para lidar com o fenômeno de forma sustentável.
As Nações Unidas indicam ainda que o problema não parece ser uma prioridade para a indústria nacional e que a ideia de um novo imposto não é bem-vinda, devido à alta carga tributária no país.
Números crescentes
Especialistas estimam que, até 2020, o volume de resíduos procedentes de computadores abandonados crescerá 500% na Índia, e 400% na China e África do Sul, em comparações aos níveis de 2007.
Em uma década, a quantidade de telefones celulares abandonados nesses dois países seria 18 e 7 vezes maior que a atual, respectivamente. Já o número de televisões e geladeiras no lixo seria duas vezes maior.
Diante dos fatos, a ONU pede que os países comecem a adotar estratégias para lidar com esse crescimento do lixo. O alerta é sobretudo para o impacto ambiental e de saúde que as montanhas de resíduos tóxicos poderiam gerar.
Soluções
Segundo a ONU, falta planejamento e infraestrutura para trabalhar com a reciclagem desse material. Entre as soluções, a organização pede novas tecnologias de reciclagem, além da criação nos países emergentes de “centros de gestão de lixo eletrônico”.
*Com informações da Agência Estado e Agência Reuters