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Fonte: Portal do Jornal O Estado de S. Paulo 10/2/2010
Texto enviado ao JurisWay em 10/02/2010.
Pressão das plantações de cana e soja pode empurrar criação de gado para áreas de floresta, adverte estudo
O trabalho, realizado por pesquisadores de instituições da Alemanha e das Nações Unidas, foi encabeçado por um brasileiro, David Lapola, que já atuou no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e atualmente está no Instituto Max Planck da Alemanha.
"O débito de carbono significa que o biocombustível, em vez de reduzir as emissões de carbono, se comparado a combustíveis fósseis na verdade aumenta as emissões por meio de mudanças de uso da terra", explica Lapola.
O estudo simula cenários em que, para elevar a produção de biocombustíveis em 35 bilhões de litros até 2020, a área plantada com soja aumentaria de 191.000 km², em 2003, para até 285.000 km², em 2020. A de cana iria de 55.000 km² para 90.000 km². "A maior parte da expansão de cana-de-açúcar no Brasil, nos últimos 5 anos, ocorreu em terra previamente usada como pastagem nos Estados do Sudeste", diz o artigo. "O mesmo é verdade para mais de 90% das plantações de soja na Amazônia após (...) 2006".
Se esse padrão de substituição do gado por plantações que servem como fonte de biocombustível se mantiver, e a produção de carne continuar a aumentar para suprir a demanda da população crescente, os autores argumentam que serão necessários quase 3 milhões de km2 de pastagens no Brasil em 2020 - 44% a mais que em 2003 - e que parte dessa área possivelmente será subtraída do Cerrado e da Floresta Amazônica. A devastação resultante geraria emissões de CO2 que só seriam compensadas por séculos de uso de biocombustíveis.
"Uma possibilidade seria diminuir as exportações de carne, talvez", diz o pesquisador. "Mas também acho isso improvável, pois as exportações vêm aumentando bastante nos últimos anos e é um setor bastante lucrativo."