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Com isso, as usinas não conseguirão aliviar o aumento do preço do álcool combustível, que já é menos vantajoso que a gasolina em 20 estados e no Distrito Federal, conforme pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Apenas Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco e Tocantins vendem o combustível renovável por menos de 70% do preço do derivado de petróleo. O preço do etanol está em R$ 0,97 o litro (na usina, sem impostos nem transporte), 20 centavos a mais que um ano atrás.
Por causa das chuvas, o setor produtivo terá de estender a colheita, normalmente encerrada em 15 de dezembro, para o ano que vem, com perdas estimadas em R$ 6 mil por hectare. Considerando só o Paraná, o atraso deixa em suspenso um investimento de R$ 500 milhões.
A cana que permanecer no campo não será perdida. Porém, em 2010, os produtores poderiam contar com um novo ciclo produtivo na mesma área. A próxima colheita começa em março. As áreas em atraso poderão ser colhidas antes desse período se houver veranicos.
Os estoques atualmente baixos e a demanda aquecida pedem uma safra sem interrupções. “Cerca de 80% dos produtores estão em condições de atravessar o verão tocando a safra direto. A manutenção das máquinas já foi antecipada e o planejamento está todo pronto, basta o tempo permitir”, afirma o superintendente da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), José Adriano da Silva Dias.
Ele admite, no entanto, que a possibilidade de isso acontecer é remota, ainda mais em ano de El Niño. “Tenho quase 30 anos de atividade no setor sucroalcooleiro, e a única vez que conseguimos tocar a colheita no verão foi no ano passado. Dezembro normalmente é inviável por causa das chuvas”, explica.
A umidade não só atrasa o corte, mas também diminui o rendimento industrial em função da queda do teor de sacarose na planta. Em outubro, a cana paranaense estava rendendo 4% menos. O balanço realizado pela Alcopar aponta a industrialização de 34,6 milhões de toneladas da cana ao fim de outubro, 69% do total de 50,2 mil toneladas. Em condições normais, esse índice deveria estar entre 86% e 89%.
Os preços do álcool estão em alta por causa da valorização do açúcar no mercado internacional, mas poderiam ser reduzidos se houvesse maior oferta interna, avalia Dias. Se metade das 50 milhões de toneladas de cana à espera da colheita fosse destinada ao álcool, renderia 2 bilhões de litros do produto. O especialista afirma que, a partir de agora, a tendência é de estabilização nos preços.