Analista Judiciário - Execução de Mandados - TRT/RS 2004
Elaboração: FCC
Prova aplicada em Maio/2004

Questão 17 - Língua Portuguesa

Marcações visuais :

Você poderá efetuar marcações visuais de certo e errado no texto das questões.

Anexo para as questões 11 a 20

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem-se ao texto que segue.

Limites das cotas

As regras anunciadas pela UnB (Universidade de Brasília) para seu programa de cotas raciais para negros e pardos dão bem a medida da inconsistência desse sistema. Os candidatos que pretendem beneficiar-se das cotas serão fotografados "para evitar fraudes".

Uma comissão formada por membros de movimentos ligados à questão da igualdade racial e por "especialistas no tema" decidirá se o candidato possui a cor adequada para usufruir da prerrogativa.

Para além do fato de que soa algo sinistra a criação de comissões encarregadas de avaliar a "pureza racial" de alguém, faz-se oportuno lembrar que, pelo menos para a ciência, o conceito de raça não é aplicável a seres humanos. Os recentes avanços no campo da genômica, por exemplo, já bastaram para mostrar que pode haver mais diferenças genéticas entre dois indivíduos brancos do que entre um branco e um negro. (...)

Esta Folha se opõe à política de cotas por entender que nenhuma forma de discriminação, nem mesmo a chamada discriminação positiva, pode ser a melhor resposta para o grave problema do racismo. A filosofia por trás das cotas é a de que se pode reparar uma injustiça através de outra, manobra que raramente dá certo. (...)

(Folha de S. Paulo. 22/03/2004, p. A-2)


Exibir/Ocultar texto completo deste anexo.

É preciso corrigir a redação confusa e incorreta da seguinte frase:


A São bem estranhos os critérios adotados pela UnB para selecionar os candidatos às vagas correspondentes às cotas raciais para negros e pardos.
  
B Ainda que se tirem fotografias, muito candidato a essas vagas haveriam de pleitear uma nova secção de fotos, alegando que fossem prejudicados.
  
C Soou sinistro, para a Folha, esse critério de se levar em conta a “pureza racial”, mormente num país com uma incidência tão alta de mestiçagem.
  
D Pelo que se pode depreender da leitura do texto, a Folha não considera qualquer tipo de critério racial como um parâmetro justo para a reserva de cotas na universidade.
  
E Talvez seja tolice você deixar de considerar as tantas formas de discriminação que há no Brasil; a questão é como enfrentá-las e solucioná-las.