Anexo para  as questões 1 a 7
Atenção:  Para responder às questões de números 1 a 7, considere o texto abaixo. 
O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O  trem cargueiro começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando para trás a fronteira com a China. 
O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da Seda, antigo caminho que ligava a China à Europa e era usado para o transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair em desuso, seis séculos atrás. 
Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma. 
A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando Xi´an −cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de terracota −era a capital da China. 
As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além.
Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na direção da 
costa. 
Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. 
Os custos trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país. 
O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos de Shenzhen ou Xangai −e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o canal de Suez −é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz 
esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável. 
Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das temperaturas 
que podem atingir 40ºC negativos. 
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)